23/08/2023 às 16h48min - Atualizada em 24/08/2023 às 00h10min

Com calor intenso e persistência de tempo seco, especialista esclarece como prevenir sangramentos nasais

Otorrinolaringologista destaca que as mucosas nasais estão mais sujeitas ao tempo seco, em razão da temperatura alta que dilata os vasos sanguíneos, facilitando seu rompimento

Camila Crepaldi
Divulgação
O calor intenso e o clima seco vêm preocupando a população brasileira. Nesta terça-feira (22), o Instituto Nacional de Meteorologia (INMET) emitiu um alerta laranja em relação a umidade do ar variando entre 20% e 12%, bem abaixo do indicado como ideal pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 50% a 80%. O estado é de atenção em diversas regiões, com destaque para o Maranhão, Piauí e Bahia, no Nordeste; Minas Gerais, no Sudeste; e Mato Grosso, Distrito Federal e Goiás, no Centro-Oeste.

O clima seco, além de aumentar o risco de incêndios, agrava a saúde das vias aéreas podendo provocar episódios de sangramentos no nariz.

O médico otorrinolaringologista e coordenador do curso de Medicina da Uniderp, Alexandre Cury, esclarece que nessa época, com ar seco, falta de chuvas e aumento da concentração de poluentes, cresce o risco de agravamento de doenças respiratórias, infecções virais, problemas na pele e alergias. “A nossa saúde sente o clima de variadas maneiras: pele ressecada, dificuldades respiratórias, maior ocorrência de alergias, resfriados, gripes e até mesmo irritação nos olhos”, diz o médico.

Segundo Cury, dentre as regiões mais afetadas no organismo estão as mucosas internas. “As mucosas nasais estão mais sujeitas ao tempo seco, em razão da temperatura alta que dilata os vasos sanguíneos, o que facilita seu rompimento. Além disso, há um ressecamento de toda a região, até mesmo da garganta, que tem uma função de umedecimento também”, esclarece. “Esses fatores provocam sangramentos nas narinas, com ocorrência maior em crianças e idosos”, complementa o professor.

Conhecida como epistaxe, o sangramento da mucosa nasal também está associado a outros fatores. Nas crianças, ocorre com mais frequência em razão daquela “limpadinha” no nariz, o que pode lesionar a região de forma mais superficial, na parte frontal do órgão. “Nos idosos, deve ser observado com mais atenção. Se o sangue é mais volumoso, pode se tratar de uma lesão mais grave e deve ser avaliado por um médico”, alerta o especialista.

“Se observadas ocorrências persistentes de sangramento nasal, o médico deve ser comunicado para uma avaliação cuidadosa. Alguns medicamentos e patologias como hipertensão arterial, sinusite e crises alérgicas como a rinite, também podem ser a razão do problema, que precisa de uma investigação mais aprofundada”, diz o médico otorrinolaringologista, que dá dicas de cuidado e prevenção:
 
  • Na ocorrência de sangramento nasal, evite ficar exposto ao sol e ao calor. Busque um lugar fresco;
  • Não vire a cabeça para trás, pois fará o sangue ser engolido o que pode provocar náuseas e piorar o sangramento. O ideal é que se incline levemente a cabeça para a frente para que o sangue escorra com facilidade;
  • Faça compressas de água gelada ou gelo, na face e nuca;
  • Hidrate as vias aéreas: há aplicadores próprios para a região nasal que facilitam a administração a lavagem do nariz, o que pode ser feito com uma solução caseira de água e sal;
  • Beba bastante água;
  • Se o sangramento persistir, procure um médico.



 

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