23/08/2023 às 15h07min - Atualizada em 24/08/2023 às 00h04min

Método desenvolvido por SP permite limpar água contaminada por herbicida mais vendido

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista desenvolveram estratégia contra produto químico que aumenta o risco de câncer

Governo do Estado de São Paulo
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À esquerda, solução com a celulose extraída do bagaço de cana-de-açúcar. À direita, as fibras em contato com material contaminado por glifosato e submetido ao método de determinação de glifosato em diferentes pHs (foto: Maria Vitória Guimarães Leal)

Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp) desenvolveram uma estratégia para remover da água resíduos de glifosato – um dos herbicidas mais vendidos no mundo. Idealizada de acordo com os conceitos da economia circular, a técnica usa como matéria-prima o bagaço da cana-de-açúcar, um detrito gerado nas usinas durante a produção de açúcar e de etanol.

“Isoladas e funcionalizadas quimicamente, as fibras de celulose do bagaço podem ser empregadas como material adsorvente [superfície sólida insolúvel, geralmente porosa, à qual moléculas dispersas em um meio líquido ou gasoso podem aderir], retendo em sua superfície as moléculas do glifosato. Dessa forma, é possível remover, por filtração, decantação ou centrifugação, o contaminante da água”, conta Maria Vitória Guimarães Leal, primeira autora do artigo publicado na revista Pure and Applied Chemistry.

Devido ao baixo custo e alto potencial para intensificar a produtividade agrícola, o glifosato tem sido amplamente empregado no controle de ervas daninhas em diversas culturas agrícolas. Contudo, estudos apontam possíveis impactos à saúde humana, sobretudo aumento no risco de câncer. A aplicação de produtos contendo glifosato foi restringida ou banida em países como Alemanha, Áustria, Dinamarca, Bulgária, Grécia, Colômbia, Costa Rica e El Salvador, entre outros. No Brasil, porém, são usadas 173.150,75 toneladas ao ano – sendo parte desse montante carregada pelas chuvas, podendo contaminar rios, riachos, poços e outros ambientes aquáticos.

Com apoio da FAPESP (Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo) por meio de três projetos, pesquisadores da Faculdade de Ciências e Tecnologia (FCT) da Unesp, em Presidente Prudente, buscaram uma forma para remover o produto do meio aquoso. O trabalho foi coordenado pelo pós-doutorando Guilherme Dognani e pelo professor da FCT-Unesp Aldo Eloizo Job.

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Fonte: www.saopaulo.sp.gov.br

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