22/08/2023 às 17h51min - Atualizada em 23/08/2023 às 00h10min

Negligência masculina exige que pais visitem cardiologista com mais frequência

Dia dos pais alerta para cuidados com saúde masculina

Naves Coelho
Freepik

A celebração pelo Dia dos Pais movimenta o comércio, os bares e restaurantes em todo o Brasil. Mas o número de mortes provocadas por Acidente Vascular Cerebral (AVC) e por hipertensão no país já seria um bom motivo para que muitos pais visitassem também as clínicas de cardiologia. Em 2021, os cartórios de registro civil do país registraram 105.755 óbitos por AVC e 101.207 mortes por infarto.

O levantamento envolve tanto homens quanto mulheres, mas os órgãos de saúde têm bons motivos para intensificar a preocupação com os indivíduos do sexo masculino. O próprio site do Ministério da Saúde lista o simples fato de ser homem entre os principais fatores de risco que levam ao aumento da probabilidade de ocorrência de um AVC. E a Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) reforça o aviso: de acordo com o órgão, 43% dos homens não sabem que podem ser afetados por problemas de hipertensão, ante 28% do público feminino.

“Há uma evidência clara de que os homens renegam com mais facilidade os sinais que apontam para os riscos de problemas graves, em particular os cardiovasculares. As visitas aos médicos cardiologistas e também a outros consultórios especializados são menos frequentes do que deveriam. Em muitos casos, há homens que reúnem todos os requisitos de um paciente com fortes chances de sofrer um AVC, por exemplo, mas ainda assim não se preocupam em procurar um especialista”, alerta Rodrigo Felipe, presidente do plano de saúde You Saúde.

Dentre as pessoas que reúnem fatores de risco, enumera, estão aquelas que sofrem de hipertensão, diabetes tipo 2, colesterol elevado, obesidade, que consomem excessivamente álcool, tabaco e outras drogas e que levam uma vida sedentária. Um estudo feito em 2021 pelo Instituto Lado a Lado Pela Vida mostrou que 73% dos homens com idades entre 18 e 65 anos na Argentina, no Brasil, na Colômbia e no México recorrem ao atendimento médico somente quando sofrem com sintomas insuportáveis. No Brasil, 62% assume esse comportamento.

“Existem números expressivos que reforçam os perigos com que os homens, e em especial os pais, conduzem suas vidas. Quando relacionamos esta realidade com as doenças cardiovasculares, o alerta se torna ainda maior, porque são sintomas que nem sempre dão uma segunda chance. Há muitos avisos pequenos, mas que se tornam mais perigosos à medida que são ignorados. Por isso, é uma mudança de hábito que deve acontecer o mais rápido possível”, orienta o presidente da You Saúde.


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