Pesquisa mapeia alto risco de brasileiros de desenvolverem câncer de mama e cólon

Promovida pela startup PreviNEO, pesquisa com mais de 600 entrevistas apontou que 15% dos entrevistados têm alto risco para essas doenças; mulheres são a maioria dos entrevistados

Divulgação

Uma pesquisa com mais de 600 entrevistas promovida pela startup PreviNEO - especialista no desenvolvimento de algoritmos que auxiliam a mapear o risco de as pessoas desenvolverem câncer, doenças cardiovasculares e mentais – apontou que 15% dos entrevistados apresentaram risco elevado de desenvolver uma dessas doenças ao longo da vida. Ao todo, foram coletadas 686 entrevistas, considerando todos os questionários aplicados para os participantes.

Deste percentual, o câncer de mama (22%) e de cólon (22%) são os que mais apareceram com fatores de alto risco, seguidos pelo câncer de pulmão. Na sequência aparecem câncer de útero, doenças mentais, câncer de próstata e doenças cardiovasculares também. Para Hélio Rubens Filho, mastologista, professor de medicina na Universidade Federal do Paraná e CEO da PreviNEO, os dados apresentam diversas análises igualmente relevantes.

“Disponibilizamos o acesso à plataforma da PreviNEO por meio das redes sociais durante dois meses (junho e julho de 2023), utilizando campanhas patrocinadas para garantir que o público pudesse acessá-la. A primeira observação é que tivemos predominância feminina em nossas respostas, com mais de 77% das entrevistas preenchidas por mulheres. O que revela uma preocupação menor do público masculino  com a prevenção de doenças. Não à toa, observamos um índice baixo de risco elevado para câncer de próstata, um dos mais comuns no Brasil”, aponta Hélio.
Ao mesmo tempo, segundo ele, é importante notar que, por exemplo, no caso do câncer de pulmão, mais de 1/3 pacientes de alto risco continuam fumando.

“Após responder o questionário, todos os entrevistados receberem os resultados e os que apresentaram alto risco também receberam mensagens no WhatsApp, alertando para a importância de agendar uma consulta com um médico especialista e realizar os exames necessário. Infelizmente, apenas 8% decidiram fazer o agendamento”, alerta Hélio. 

Segundo o mastologista, é necessário promover mais campanhas de conscientização, incentivando a população a atuar preventivamente no combate a essas doenças, o que aumenta o tempo de sobrevida do paciente mesmo em casos de diagnóstico. “Para citar um exemplo, a Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama (FEMAMA) aponta que há 95% de chance de cura em casos de câncer de mama – o segundo com maior incidência no Brasil e o mais fatal entre as mulheres – diagnosticados na fase inicial da doença. E isso vale para qualquer outra enfermidade. É por isso que decidimos promover essa campanha por meio da PreviNEO, que vai se repetir em breve em outros formatos, com maior amplitude e divulgação”, destaca o médico.

COMO FUNCIONA A PLATAFORMA DA PREVINEO
Fundada em 2015, a PreviNEO já impactou mais de 100 mil vidas especialmente na iniciativa privada. A healthtech curitibana desenvolveu um algoritmo que é capaz de analisar o risco de os entrevistados desenvolverem as doenças analisadas pela plataforma a partir do cruzamento das respostas colhidas pelo robô com os protocolos oficiais de anamnese e diagnóstico de cada doença. “Por exemplo, no caso do câncer de mama, utilizamos o protocolo da Sociedade Brasileira de Mastologia para fazer esse rastreamento via inteligência artificial”, explica Hélio.

A iniciativa inovadora rendeu à startup diversas premiações, entre elas o primeiro lugar no Desafio Roche de 2019, promovida pela farmacêutica alemã e que rendeu uma viagem para a Alemanha com direito à participação em junho deste ano em um dos principais eventos de startups de saúde da Europa, o Bits & Pretzels HealthTech, em Munique.

Segundo Hélio, agora a startup planeja ampliar sua atuação para permitir um acesso cada vez maior da população à plataforma, contribuindo assim para o combate preventivo contra essas doenças. “A PreviNEO, em seus primeiros anos, focou bastante sua atuação na iniciativa privada, ajudando empresas a mapearem o risco de os colaboradores desenvolverem as doenças analisadas. Mas agora, além de seguir com essa linha de trabalho, queremos também adotar modelos de parcerias público-privadas para permitir que nossa plataforma, em parcerias com municípios e estados, esteja cada vez mais ao alcance da população. Pois acreditamos que assim vamos ajudar a salvar vidas e conscientizar cada vez mais as pessoas”, destaca.

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