18/08/2023 às 08h43min - Atualizada em 21/08/2023 às 04h01min

Agosto dourado reforça a importância do aleitamento materno

Índice de amamentação cresce nas últimas décadas, promovendo mais saúde para mãe e bebê

Nathalia Gorito
Freepik
Agosto é um mês especial para a promoção da saúde materno-infantil, com o movimento conhecido como "Agosto Dourado", que destaca a importância da amamentação para o desenvolvimento saudável dos bebês. A amamentação é um ato natural e essencial que oferece uma série de benefícios tanto para a mãe quanto para o recém-nascido, sendo fundamental para o combate à desnutrição e mortalidade infantil.

No Brasil, o número de crianças amamentadas vem crescendo nas últimas décadas. De acordo com pesquisa realizada pelo Estudo Nacional de Alimentação e Nutrição Infantil – ENANI - 2019, em 1986, o percentual de crianças brasileiras com menos de 6 meses alimentadas exclusivamente com leite materno não passava de 3%. Em 2008, já tinha atingido os 41%. Atualmente, a amamentação exclusiva chega aos 46%. Percentual próximo aos 50% que a OMS estipulou como meta a ser atingida pelos países até 2025. Além disso, seis em cada dez (60%) crianças são amamentadas até completar 2 anos de idade.

O médico ginecologista obstetra, cooperado da Unimed-BH, Antônio Fernandes Lages, explica que a Campanha mundial tem o objetivo de conscientizar sobre os benefícios da amamentação, incentivando a prática para que mais mães possam proporcionar aos seus filhos um início de vida mais saudável e protegido. “O aleitamento promove uma série de benefícios, propicia maior interação da mãe com a criança, é nutritivo e protege a criança de alergias, uma vez que quando a mulher tem contato com produtos alérgenos durante a vida, ela guarda memória imunológica e repassa para a criança através do leite. Além disso, estudos comprovam aumento do QI nas crianças que amamentam até um ano de idade”, explica o médico.

Para as mães, a amamentação também proporciona vantagens significativas. Lages revela que a sucção do bebê durante a amamentação estimula a liberação de ocitocina, o chamado ‘hormônio do amor’. “A ocitocina auxilia na redução do estresse e fortalece o vínculo afetivo entre mãe e filho. Além disso, a amamentação auxilia na recuperação pós-parto, reduzindo o risco de hemorragias e contribuindo para a perda de peso.  Além disso, a amamentação reduz as chances de a mulher desenvolver câncer de mama”, completa.

Dificuldades nos primeiros dias
Embora a amamentação seja uma prática natural, muitas mães enfrentam desafios ao iniciar ou continuar com ela. Dificuldades como dor durante a amamentação, problemas de pega, baixa produção de leite e até mesmo questões culturais podem influenciar negativamente a experiência da mãe.

Lages, que também é membro da Comissão Nacional Especializada de Aleitamento Materno da Febrasgo (Federação Brasileira de Ginecologia e Obstetrícia), revela que o apoio familiar e orientação profissional adequada são cruciais na motivação e auxilio às mães que desejam amamentar. “Consultas de pré-natal bem orientadas, acompanhamento pós-parto adequado e ações que promovam a conscientização sobre a importância da amamentação são fundamentais para o sucesso dessa prática. Neste primeiro momento, é crucial que a mulher não se desespere, pois o bebê nasce com reservas para superar o período de adaptação à amamentação e, por isso, não precisa de alimentação intensa complementar nos primeiros dias”.

O médico cooperado Antônio Fernandes Lages corrobora a importância do preparo da mulher para este momento, uma vez que apenas cerca de 10% das mulheres não conseguem amamentar por algum problema relacionado a mama ou à criança. “Quando bem sucedida, a amamentação afeta a saúde mental, o bem-estar emocional da mãe e eleva a autoestima da mulher, que se sente plenamente realizada ao conseguir passar a nutrição para a sua criança e ao mesmo tempo o carinho e todo o envolvimento que significa o processo de amamentação. Por outro lado, mãe que não consegue amamentar também tem que ser preparada, pois isso pode ser muito frustrante e nem por isso ela precisa se sentir frustrada. São problemas que devem ser superados e a criança vai ser alimentada de forma artificial. Existem formas seguras e muito confiáveis para a alimentação dessa criança”, conclui.

Apoio à mulher
A Unimed-BH é uma grande incentivadora desse ato de amor e de saúde, e apoia o Agosto Dourado, um movimento de informação e apoio ao aleitamento materno, à coleta e à doação de leite materno.

Com o objetivo de propagar a informação, disponibiliza em seu Portal Viver Bem, um conteúdo completo sobre amamentação, com orientações e informações validadas por uma equipe especializada em Atenção à Saúde.
 

Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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