Na última terça (16), o dólar fechou em leve queda a R$4,98, chegando aos R$5. No exterior, a moeda se valorizou fortemente em relação a outras moedas e também contra o real. Nos últimos dias, o dólar tem alcançado máximas, enquanto a bolsa tem amargado quedas consecutivas. Mas o que explica esse cenário?
Leandro Petrokas, diretor de research e sócio da Quantzed, comenta que um dos principais fatores para a valorização do dólar é a sazonalidade favorável para a moeda no segundo semestre. Um dos fatores é o processo de remessa de lucros de empresas para as matrizes no final do ano. Outro fator é o início do processo de queda na taxa SELIC, reduzindo a atratividade para o carry trade, que é a arbitragem do diferencial de juros entre dois países, fazendo com que haja fuga de capital do estrangeiro. E outro motivo é a instabilidade na política, especialmente entre líderes do executivo e legislativo, aumentando o risco dos investimentos no país.
Petrokas também argumenta que a balança comercial no final do ano deve ser menor, dado que o fluxo agro observado no início do ano não vai se repetir e as importações devem aumentar no segundo semestre. Com isso, segundo Petrokas, é possível sim que o dólar volte a ficar acima dos R$5. "Dado o elevado nível de gatilhos para a valorização do dólar, especialmente com a maior posição do investidor estrangeiro comprado em dólar contra o real da história, o dólar pode superar e ficar acima dos R$5", diz.
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