14/08/2023 às 17h10min - Atualizada em 14/08/2023 às 20h09min

Estudo lista sete recomendações para HRTechs e EdTechs contribuírem para reduzir as desigualdades de gênero nas empresas

Uso de algoritmos inclusivos e inclusão de uma abordagem centrada nas mulheres estão estre os achados da pesquisa da Alive; uma das empresas ouvidas no Brasil foi a Mereo, plataforma integrada de gestão de pessoas

Assessoria de imprensa Mereo
Crédito: Alive, reprodução

São Paulo, agosto de 2023 - Na última década, as mulheres na América Latina alcançaram níveis mais altos de educação e treinamento, porém não houve melhorias correspondentes na estabilidade profissional e na progressão da carreira. Estudo da Acumen LatAm Impact Ventures (Alive), gestora de fundos de impacto que investe e apoia empresas de impacto social na América Latina, mostra que HRTechs e EdTechs podem ser decisivas na inserção laboral e no desenvolvimento de carreira das mulheres.  

Denominado “O potencial das HRTechs e EdTechs para promover a retenção e o crescimento profissional das mulheres”, o levantamento ouviu mais de 30 empresas de tecnologia e especialistas, além de uma centena de mulheres, do Brasil, Colômbia, México, Argentina, Bolivia, Chile, Ecuador, El Salvador, Peru e Venezuela , e sugere que essas Techs estão em posição privilegiada para apoiar a inclusão de gênero no mercado de trabalho.  

De acordo com o estudo, inúmeras barreiras sustentam lacunas de gênero no desenvolvimento da carreira das mulheres na América Latina, incluindo preconceitos de gênero, expectativas sociais de que as mulheres sejam as principais cuidadoras, sistemas que recompensam mais os homens, diferença salarial de gênero, poucos "role models" femininos, especialmente em cargos de liderança e em setores dominados por homens, violência de gênero no trabalho, entre outras. Embora os desafios estejam postos, empresas de tecnologia B2B que trabalham com recursos humanos (HRTech) e educação (EdTech) estão apoiando uma transição bem-sucedida para o futuro do trabalho, aponta o relatório.  

“As soluções HRTech e EdTech têm imenso potencial para contribuir com a redução das desigualdades de gênero no ambiente de trabalho. Mas para fazer isso bem, a questão de gênero deve ser considerada em todos os níveis do negócios. Os dados desta pesquisa fornecem recomendações claras sobre como modelos de negócios B2B e B2C podem aplicar uma abordagem de gênero ao design de produtos, gerenciamento de dados, relações com clientes e muito mais. Estamos muito entusiasmadas em compartilhar essas recomendações práticas com empresas do setor e esperamos que estas contribuam para reduzir a desigualdade de gênero em toda a região”, avalia Maria Pia Morante, diretora de Investimentos da Alive Ventures. 

Como base nos achados, o estudo aponta sete recomendações para HRTechs e EdTechs:  

1. Coletar e analisar dados desagregados por gênero: as empresas de tecnologia podem usar as grandes quantidades de dados que já estão gerando sobre seus clientes e usuários para simplificar a tomada de decisões comerciais sobre diversidade, equidade e inclusão.  

2. Usar algoritmos inclusivos: garanta que a inteligência artificial não reproduza estereótipos de gênero e que as equipes possam evitar preconceitos e agir quando identificarem preconceitos.  

3. Incluir uma abordagem centrada nas mulheres: projetos "neutros em termos de gênero" geralmente excluem as mulheres. Em vez disso, considere especificamente as mulheres, entre outros, ao desenvolver soluções de treinamento.  

4. Criar equipes de desenvolvimento de produtos diversificados: a formalização de práticas e políticas que promovam a diversidade na empresa e a oferta de treinamento antipreconceito às equipes de desenvolvimento de produtos ajudarão a eliminar o preconceito nas tecnologias.  

5. Desenvolver uma proposta de valor de diversidade, equidade e inclusão: desenvolva uma proposta de valor sobre como as soluções podem catalisar a mudança nesses aspectos dentro das empresas e comunique os impactos sociais e comerciais que a empresa colherá como resultado dessa mudança.  

6. Fazer o que está sendo dito: pratique a diversidade, equidade e inclusão internamente para dar ao ecossistema empresarial um modelo desses aspectos no local de trabalho.  

Segundo Natália Torres, coordenadora da pesquisa, "as HRTech e EdTech podem vir a contribuir para uma distribuição mais justa e equitativa dos benefícios relacionados às transformações tecnológicas na América Latina, mas desde que compreendam as dinâmicas de exclusão que afetam os grupos mais vulneráveis da região e que apliquem esta lente na formulação de suas soluções tecnológicas. Para isso, as recomendações apresentadas nos relatórios são de grande utilidade".  

Na mesma linha, Ivan Cruz, cofundador da HRTech Mereo, plataforma integrada de gestão de pessoas e participante do levantamento, sustenta que o setor de Gente e Gestão das companhias têm papel fundamental nas transformações para um futuro do trabalho menos desigual.

“Quanto maior a diversidade de vozes envolvidas, maior a riqueza empresarial. Diversidade de gênero nas organizações não é apenas sobre número, e sim sobre uma política que deve fazer parte da cultura da empresa. Investir em pessoas com experiências e olhares diversos amplia o horizonte, abre caminho para soluções mais criativas, promove um ambiente mais acolhedor e engajador, há um melhor entendimento sobre as necessidades dos clientes, da sociedade e até do mundo”, afirma Cruz.  

A Mereo vem desenvolvendo em sua plataforma, ao longo dos anos, uma série de mecanismos para proporcionar soluções que criem um ambiente mais diverso e também o desenvolvimento das pessoas. A solução de pesquisas vem com uma forte pegada de analytics para entender a percepção geral sobre a diversidade e o impacto sobre bem estar, resultados e inovação. As soluções voltadas a metas e avaliação de desempenho contam com funcionalidades que objetivam a redução e até eliminação de pontos subjetivos que podem levar a vieses, como os de gênero e de outras questões de preconceito. “Com a tecnologia atual e mais as que estamos desenvolvendo, entendemos que conseguimos apoiar as organizações a terem um ambiente mais diverso e, de fato, impactar nos resultados e no poder de inovação das organizações”, complementa Cruz. 

Um dos principais achados do relatório é que algumas HRTechs e EdTechs já estão catalisando a inclusão de gênero na retenção e no crescimento profissional, oferecendo soluções que abordam as principais barreiras relacionadas a gênero. Entre as soluções já existentes estão o fornecimento de dados para informar as estratégias de gênero, diversidade, equidade e inclusão das empresas; o fornecimento de insights sobre a heterogeneidade das experiências das mulheres e sobre a experiência dos cuidadores dentro de uma empresa; o uso da realidade virtual para aumentar a conscientização da empresa sobre preconceitos e discriminação; o monitoramento da diferença salarial entre gêneros; e a oferta de soluções que reduzem os riscos de assédio sexual nas empresas.  

 


Este conteúdo foi distribuído pela plataforma SALA DA NOTÍCIA e elaborado/criado pelo Assessor(a):
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