07/08/2023 às 19h33min - Atualizada em 08/08/2023 às 00h00min

Inverno + Volta às aulas: especialista alerta sobre os riscos de aumento de doenças infecciosas

Segundo especialista, o tempo mais frio facilita a transmissão de doenças. No período de volta às aulas do segundo semestre, os cuidados com as crianças devem ser redobrados.

Assessoria GSK
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Com a chegada do inverno e das mudanças de temperaturas, algumas doenças infectocontagiosas, como gripe, pneumonia, sarampo e meningite, podem ser transmitidas mais facilmente. Para evitar o contágio, é preciso ficar atento e se prevenir. 1-5

Segundo Ana Medina (CRF-RJ 24671), farmacêutica, pós-graduada em imunologia e gerente de assuntos médicos de vacinas da biofarmacêutica GSK, o tempo frio faz com que as pessoas fiquem mais tempo em espaços fechados, o que facilita a transmissão de diversos tipos de vírus e bactérias. “Em ambientes fechados, sem ou com pouca ventilação, o ar não se renova e isso pode favorecer a propagação de diversas doenças que têm transmissão por vias respiratórias. Por isso, é fundamental que a população, principalmente crianças e idosos, que são os grupos mais vulneráveis, estejam com a vacinação em dia. Além da imunização, outros cuidados também são importantes para essa proteção como lavar bem as mãos e medidas de etiqueta respiratória”, afirma.

Doenças com maior transmissão no inverno

Para muitos, é no frio que a coriza, o nariz entupido e a tosse surgem. No caso da gripe, os sintomas incluem ainda febre/calafrios, dor de garganta, dores musculares, dores de cabeça e fadiga. 6-9 A gripe é uma infecção viral respiratória aguda e altamente contagiosa, podendo levar a complicações graves e ao óbito. 6-8 A doença pode afetar indivíduos de todas as idades, sendo facilmente transmitida através da tosse, espirro e contato próximo com uma pessoa ou superfície contaminada. 6-8 No resfriado, os sintomas, apesar de parecidos e comumente confundidos com os da gripe, são mais brandos e duram menos tempo. 9

“Dados do Ministério da Saúde apontam que apenas em torno de 50% dos idosos foram vacinados neste ano contra a gripe. Por outro lado, estamos vendo um aumento de casos da doença em comparação ao mesmo período de 2022. Por isso, é importante reforçar que a vacinação anual é a melhor medida de prevenção, de redução de complicações graves e de redução de óbitos. Quem ainda não se imunizou contra a doença este ano, é possível tomar o imunizante nos postos de saúde ou nas clínicas privadas”, conta Ana Medina.

A pneumonia é outra doença que preocupa e pode ser causada por bactérias, vírus ou fungos. 10,11 A bactéria Streptococcus pneumoniae (ou pneumococo) é a causadora das doenças pneumocócicas e é responsável por até 60% dos casos de pneumonia. 10,12 O pneumococo também pode causar otite média, sinusite e, em casos mais graves, se propagar pelo sangue e causar sepse e meningite. 12

Outros doenças que precisam de atenção são o sarampo e a coqueluche. Considerado eliminado no Brasil em 2016, os casos de sarampo voltaram a ocorrer após quedas das taxas de cobertura vacinal nos últimos anos, acarretando na perda do certificado de eliminação. 13 Já a coqueluche, também prevenível por vacinação, é outra infecção altamente contagiosa e pode ser fatal em crianças menores de um ano. 14

Atenção redobrada na volta às aulas

Com a chegada do segundo semestre e o retorno às salas de aula, é importante que os cuidados com a saúde das crianças sejam redobrados. Segundo Ana Medina, o ambiente escolar pode favorecer a transmissão de muitas doenças, por conta do contato próximo entre os alunos. Por isso, além da higienização frequente das mãos e outras medidas de higiene, é fundamental que crianças, adolescentes e todo o ambiente escolar estejam com a carteira de vacinação em dia. 15-17

“Muitas crianças e adolescentes em idade escolar não possuem a caderneta de vacinação atualizada e isso é um risco para a saúde coletiva, aumentando a propagação de doenças. A escola pode ter um papel fundamental no combate às baixas coberturas vacinais. É preciso apostar na escola como fonte e disseminadora de informação confiável sobre vacinação para os pais, funcionários, responsáveis, alunos e para a comunidade como um todo”, fala Ana Medina.

Entre as doenças imunopreveníveis, também podemos citar a meningite, uma doença que pode ser causada por diversos agentes infecciosos, como bactérias, fungos e vírus. 2,18 Um dos tipos mais graves de meningite é a meningocócica, que é de origem bacteriana. 2 Além disso, muitos não sabem, mas a ocorrência da meningite bacteriana também é mais comum no outono-inverno. 2

“A meningite meningocócica, causada pela bactéria Neisseria meningitidis, é uma doença grave, de rápida evolução, que atinge as membranas que envolvem o cérebro e a medula espinhal. Ela pode se manifestar em qualquer faixa etária, incluindo adolescentes e jovens adultos, e é facilmente transmitida através do contato com gotículas ou secreções respiratórias por meio de tosse, espirro ou beijo de uma pessoa contaminada. Se não for rapidamente diagnosticada, em 24 horas pode evoluir para sequelas graves e até óbito. Por isso, é muito importante que os pais conheçam e estejam atentos aos primeiros sinais da doença e mantenham a carteira de vacinação em dia”, alerta Ana Medina.

Principais formas de prevenção

O Ministério da Saúde, por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI), disponibiliza gratuitamente diversos imunizantes que protegem contra mais de 20 doenças – incluindo estas mais comuns do inverno -, para todos os públicos, desde recém-nascidos até a terceira idade. Na rede privada também estão disponíveis vacinas para a imunização de todas as faixas etárias, complementando o calendário vacinal do Programa Nacional de Imunizações (PNI).  15,16,17,19

“Conforme já abordamos aqui, essas doenças mais comuns do inverno possuem diversos fatores em comum, principalmente a forma de transmissão. Mas, a boa notícia é que existe prevenção por meio da vacinação para muitas delas, inclusive para cinco sorogrupos da meningite meningocócica (A, B, C, W e Y). As vacinas que se administram nos primeiros anos de vida, são essenciais para preparar as crianças para o presente e para o futuro, com menor risco de adquirir doenças infecciosas”, explica Ana Medina. 

Além da vacinação, outras formas de prevenção de doenças respiratórias incluem manter bons hábitos de higiene, como lavar bem e com frequência as mãos com água e sabão, cobrir a boca e o nariz com lenço descartável ao tossir ou espirrar, manter os ambientes ventilados, entre outros. 20

“É importante conscientizar também para que os pais não levem os filhos doentes e com sintomas à escola, mesmo que esses sintomas sejam leves. Essa medida também irá ajudar na prevenção e na não transmissão de doenças respiratórias, principalmente agora no inverno”, finaliza Ana Medina.

Material dirigido ao público em geral. Por favor, consulte o seu médico.

Sobre a GSK
A GSK é uma biofarmacêutica multinacional, presente em mais de 80 países, que tem como propósito unir ciência, tecnologia e talento para vencer as doenças e impactar a saúde global. A companhia pesquisa, desenvolve e fabrica vacinas e medicamentos especializados nas áreas de Doenças Infecciosas, HIV, Oncologia e Imunologia/Respiratória. No Brasil, a GSK é líder nas áreas de HIV e Respiratória e uma das empresas líderes em Vacinas. Para mais informações, visite.

 Referências:
  1. PREFEITURA DE SÃO PAULO. Doenças típicas de inverno. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  2. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Saúde de A a Z. Meningite. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho .2023.
  3. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Sarampo. 2020. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  4. PREFEITURA DE PORTO ALEGRE. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho .2023.
  5. HOSPITAL OSWALDO CRUZ. CUIDADOS SIMPLES PODEM PREVENIR DOENÇAS DE INVERNO E AUXILIAR NO TRATAMENTO. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho .2023.
  6. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Newsroom. How can I avoid getting the flu? Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  7. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Newsroom. Influenza (seasonal). Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  8. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. Key facts about Influenza (Flu). Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  9. FIOCRUZ. Canal da Saúde. Você sabe a diferença entre gripes e os resfriados? Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  10. SOCIEDADE BRASILEIRA DE PNEUMOLOGIA E TISIOLOGIA. Notícias. 12 de novembro: Dia Mundial da Pneumonia. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  11. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Pneumonia. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  12. FIOCRUZ. Doenças pneumocócicas: informações técnicas. Disponível em:<link>. Acesso em 13 junho. 2023.
  13. FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ. Notícias. Sarampo de volta ao mapa. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  14. MINISTÉRIO DA SAÚDE. Boletim epidemiológico da coqueluche no Brasil de 2018 a 2019. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  15. BRASIL. Ministério da Saúde. Vacinação é a maneira mais eficaz para evitar doenças. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  16. SOCIEDADE BRASILEIRA DE IMUNIZAÇÕES. Calendário de vacinação do nascimento à terceira idade: recomendações da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm) - 2022/2023 (atualizado 18/04/2023). Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  17. BRASIL. Ministério da Saúde. Calendário Nacional de Vacinação. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  18. WORLD HEALTH ORGANIZATION. Meningitis. Disponível em: <link> Acesso em: 11 julho 2023.
  19. BRASIL. Ministério da Saúde. Manual dos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (5ª edição). Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.
  20. BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. PREVENÇÃO DE DOENÇAS INFECCIOSAS RESPIRATÓRIAS. Disponível em: <link>. Acesso em: 13 junho. 2023.

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