07/08/2023 às 11h45min - Atualizada em 07/08/2023 às 22h01min

Fundação Grupo Volkswagen representa o Brasil em evento internacional na Malásia

O Social Business Day, idealizado por Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz, discutiu a importância dos negócios sociais para o futuro do planeta

Nice Castro
www.fundacaogrupovw.org.br
divulgação
Nos dias 27 e 28 de julho, aconteceu em Langkawi, na Malásia, a 13ª edição do Social Business Day, com o tema "Guerra, Paz e Economia: Futuro da Humanidade". Aproximadamente 600 pessoas, de mais de 30 países, participaram do evento, que contou com 120 palestrantes, entre especialistas e autoridades. A Ministra do Meio Ambiente do Brasil, Marina Silva, marcou presença na cerimônia de abertura, por meio de vídeo. O Social Business Day é um encontro global organizado anualmente pelo Yunus Center – criado pelo Professor Muhammad Yunus, Prêmio Nobel da Paz e idealizador do conceito de negócio social – para celebrar e compartilhar as experiências de líderes de negócios sociais e empreendedores que realizam ações para um futuro mais sustentável e justo em todo o mundo. Além disso, em 29 de julho, aconteceram na cidade eventos paralelos com acadêmicos e jovens lideranças de diversos países.

A Fundação Grupo Volkswagen integrou a delegação do Brasil e pôde compartilhar, ao lado da Artemisia – organização parceira, também presente no evento  –, parte das soluções desenvolvidas por negócios de impacto social selecionados no programa ImpactaMOB – Inovação Aberta em Mobilidade Urbana. A iniciativa tem como foco impulsionar empreendedores e soluções que utilizam a mobilidade como instrumento para democratização de acessos, promoção de acessibilidade, segurança e práticas sustentáveis. Dentre as soluções apoiadas estão propostas de ampliação de acesso à saúde e outros serviços essenciais, redução de emissão de carbono, coleta de resíduos recicláveis e recebimento de encomendas em domicílio dentro de territórios periféricos.
Além disso, Vitor Hugo Neia, Superintendente da Fundação, representou o Brasil durante uma plenária em que os principais países atuantes no tema apresentaram seus desafios, oportunidades, aprendizados e reflexões. Com base na experiência de empreendedores, investidores, organizações e grandes empresas brasileiras, reunidos em um fórum prévio, Vitor detalhou o panorama do campo dos negócios sociais no país. “Estamos assistindo a uma rápida evolução desse campo no Brasil. Há alguns anos, tínhamos necessidade de incentivar e desenvolver esse ecossistema, conscientizar as pessoas, estruturar os primeiros negócios. Hoje, possuímos diversos empreendimentos com alto grau de maturidade. Atualmente, trabalhamos em duas perspectivas complementares: uma mais ampla, para fomentar e expandir esse campo; e outra mais profunda, para fortalecer e atender as necessidades específicas de negócios mais maduros”, explicou.

Ao mesmo tempo, o executivo enfatizou a importância dos negócios sociais para reduzir as acentuadas desigualdades brasileiras, fortalecendo pautas como diversidade e inclusão. “O Brasil ainda é um dos países mais desiguais do mundo. A metade mais pobre da população possui menos de 1% da riqueza nacional. Além disso, o perfil do empreendedor social brasileiro que tem mais acesso a crédito e a melhores oportunidades para estruturar e aprimorar seus negócios ainda é majoritariamente branco e masculino, em um país onde a maioria da população é formada por mulheres e negros e em um momento em que as empresas estão implementando políticas de diversidade e inclusão”, prosseguiu Vitor Hugo.

“Temos a responsabilidade de fomentar negócios sociais liderados por mulheres, pessoas negras e pessoas de comunidades vulneráveis, que são a maior parte da nossa população. Mais do que ser atendida e assistida por negócios sociais, essa população precisa participar das decisões e estar à frente de seus próprios negócios. Precisamos também descentralizar os investimentos, financiando iniciativas em regiões mais distantes, como a Amazônia brasileira, com tanto potencial, mas carente de oportunidades. Descolonizar e descentralizar o ecossistema de negócios sociais é a nossa missão mais urgente”, concluiu o Superintendente da Fundação Grupo Volkswagen.
As reflexões dessa edição do Social Business Day tiveram como objetivo inspirar ações ousadas e incentivar líderes globais a tomarem decisões sobre combustíveis fósseis, paz e guerra, restauração de florestas, proteção dos oceanos e criação de uma nova civilização impulsionada por valores humanos de compartilhamento e cuidado. A conferência esteve voltada à construção de um mundo de três zeros –zero emissão líquida de carbono, zero concentração de riqueza para acabar com a pobreza e zero desemprego, a fim de fomentar soluções criativas para o crescimento econômico sustentável por meio de negócios sociais.

Para mais informações sobre a 13ª edição do Social Business Day, acesse a página do evento.
 
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