03/08/2023 às 12h14min - Atualizada em 03/08/2023 às 16h02min

Pesquisa da SOCESP constata que 65% das pessoas desconhecem que o colesterol é fator de risco para o coração

Levantamento da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo será divulgado em 8 de agosto, Dia Nacional de Combate ao Colesterol Elevado. Entidade promoverá campanha de alerta e orientação sobre o tema

DOC Press Comunicação
https://socesp.org.br/
Divulgação SOCESP/Campanha para a data temática
A pesquisa realizada pela Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo – SOCESP – revelou que 65% desconhecem que o colesterol elevado pode provocar um infarto, AVC e outras doenças cardiovasculares. Já a má alimentação – que também pode influenciar no aumento do colesterol ruim (LDL) – foi citada por menos da metade dos pesquisados, ou seja, 55% não relacionaram o que vai na mesa como fator para fazer subir o colesterol.
O levantamento foi feito com 2.236 pessoas nas cidades de Araçatuba, Araraquara, Bauru, Osasco, Ribeirão Preto, São Carlos, São José do Rio Preto, Sorocaba, Vale do Paraíba e na capital. O material subsidiou a campanha que a entidade promove ao longo do mês de agosto, com postagens em mídias sociais, material de orientação em seu site, publicação de e-book gratuito com informações nutricionais, entrevistas com especialistas, entre outros.
Dos consultados na pesquisa, 20,2% admitiram nunca terem feito algum exame para saber sobre o colesterol. Outros 35% relataram o controle há mais de um ano, enquanto apenas 44,9% - menos da metade – haviam realizado o teste no ano vigente. “Para pacientes sem histórico de dislipidemia, a dosagem pode ser anual. Já para aqueles diagnosticados com o problema é recomendável a medição, no mínimo, duas vezes ao ano”, orienta a assessora científica da SOCESP, a cardiologista Adriana Bertolami.
Para a especialista, a desinformação é um outro fator de risco cardiovascular. “Em consultas, notamos que muitos daqueles que tomam medicação de uso contínuo para controle do colesterol acreditam não haver problema em comerem ‘de tudo’, como se estivessem imunizados contra os males de uma alimentação desregrada”, esclarece Adriana Bertolami.
“Todos os grupos alimentares fazem parte de uma dieta ideal. A questão são as quantidades que devem ser consumidas. Cereais, pães e tubérculos, por exemplo, são carboidratos fonte de energia e devem fazer parte da alimentação, a dica é sempre dar preferência a forma integral desta ingestão, devido à maior quantidade de fibras, que tem impacto positivo na saúde cardiovascular, principalmente as fibras solúveis com ação na redução do colesterol”, explica a diretora executiva do Departamento de Nutrição da SOCESP, Juliana Kato.
A nutricionista lembra que a aveia é um exemplo de fibra solúvel, amiga do bom colesterol. “Com custo acessível e por ser muito versátil tem potencial para integrar o cardápio diário, podendo ser consumida junto as frutas, iogurtes, na forma de mingau ou ainda como substituto da farinha de trigo nas receitas”, completa. Um em cada quatro entrevistado na pesquisa SOCESP não contemplou esse grupo alimentar na rotina do dia a dia.
Outro dado é que 27% da população não mantém a ingestão regular de frutas e 35% não incluem hortaliças. Além disso, o fato de 67% consumirem leite e derivados traz um alerta: “o melhor aqui seria a opção pelos produtos desnatados ou, pelo menos, semidesnatados, mas esta não é a realidade”, orienta Juliana Kato.
Outro ponto constatado pelo trabalho da SOCESP foi a falta de controle do açúcar. 66% dos participantes afirmaram ter o ingrediente na rotina, o que vai na contramão da busca por qualidade de vida. “O cuidado aqui precisa ser redobrado porque, além do açúcar que ‘vemos’, há também o ‘invisível’, aquele dos alimentos ultraprocessados, como biscoitos, que também trazem na composição gordura trans, formando uma dupla inimiga do bom colesterol”, completa a diretora do Departamento de Nutrição.
 
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