28/07/2023 às 09h28min - Atualizada em 29/07/2023 às 00h00min

Educador financeiro mostra 6 passos para casais investirem e saírem do vermelho

De acordo com Raul Sena, criador do canal Investidor Sardinha, existem meios simples para administrar as finanças do casal de forma efetiva e até planejar investimentos

Redação
Pixabay
O diálogo em um relacionamento é, talvez, uma das tarefas mais difíceis para um casal. E quando o assunto é finanças, a missão pode se tornar ainda mais séria, mas não impossível.

De acordo com o último levantamento realizado pelo IBGE, 57% dos casais que se separaram tiveram como motivo alguma questão relacionada ao dinheiro. E os problemas começam, muitas vezes, pela falta de transparência entre os parceiros ou pela desorganização financeira.

“É possível ter uma vida financeira saudável e existem meios simples para administrar as finanças do casal de forma efetiva, evitando brigas e até divórcios por causa do dinheiro”, comenta Raul Sena, especialista em investimentos, educador financeiro e criador do canal Investidor Sardinha.
Segundo Sena, casais que lidam bem com suas finanças podem, inclusive, passar a investir conjuntamente. “É importante o casal definir os objetivos de cada investimento, mirando o que desejam realizar juntos. Se é envelhecer com mais conforto, adquirir algum bem, ou até uma viagem mais longa para o exterior”, comenta. “Definindo as metas, vai ser mais fácil escolher as melhores opções de investimento”, finaliza o educador.

Mas como um casal pode dar os primeiros passos para ajustar a vida financeira, torná-la saudável e ainda começar a investir? Raul Sena separou cinco dicas simples para melhorar as finanças dos apaixonados.

1.Comece a conversar
Pode parecer óbvio, mas para alguns casais, o diálogo sobre dinheiro é um grande tabu. E se o objetivo é ter uma vida financeira saudável e próspera, conversar é o primeiro e mais importante passo que o casal deve dar. Fale abertamente sobre dinheiro: quanto cada um ganha, quais são as despesas mensais e qual a participação de ambos no custeio da casa. E, mais importante, quais os sonhos e objetivos financeiros de cada um. Eles coincidem? O ideal é fazer esse alinhamento de expectativas ANTES de juntar as escovas de dente. Depois, fica muito mais difícil e um dos dois acaba tendo de ceder.

2.Defina os gastos pessoais e a dois
Para definir os gastos mensais, é preciso saber qual é a renda total do casal. Afinal, o teto de gastos do mês deve ser estabelecido com base na renda, para evitar o endividamento. Neste momento é importante ser claro e franco para decidir os próximos passos. Por exemplo: depois de estabelecer os limites, o casal pode colocar o dinheiro em uma conta conjunta, separar a grana do aporte mensal (investimento) e pagar todas as despesas do mês. Assim, tudo fica mais claro e se torna possível, até, definir um valor mensal para cada um gastar como bem entender.

3.Não perca o controle
O controle de gastos é essencial para o casal conseguir manter a saúde financeira e alcançar os objetivos no curto, médio e longo prazos. Sim, os objetivos financeiros variam de acordo com o tempo. Por isso é importante entender a diferença e saber como se preparar para um evento de lazer, uma viagem, a troca do carro ou a compra do “apê”. Ter uma planilha, ou um caderninho, é um ótimo começo para entender e controlar o dinheiro que entra e sai. Hoje, há diversos aplicativos simples que também fazem este trabalho.

4.Tenha uma reserva de emergência
Ter uma reserva financeira é indispensável para qualquer casal – desde que ambos tenham renda suficiente para comer e morar minimamente bem. Isso porque quem sobrevive com salário mínimo não consegue se dar o luxo de guardar dinheiro ou investir. Se este NÃO é o seu caso, tenha SEMPRE uma reserva de emergência, de pelo menos 6 meses o valor do seu salário. No casamento, isso vale para os dois. Você nunca sabe quando vai acontecer um imprevisto, como um acidente, uma doença grave ou um teto que resolve cair.

5.Comece a investir!
Existem diversas opções de investimento, algumas com menos, outras com mais riscos. A melhor estratégia vai depender dos objetivos e do momento de vida do casal. O Tesouro Direto, por exemplo, é o investimento mais simples do mercado financeiro e acaba sendo um porto seguro para quem prefere correr menos riscos. Isso porque investir em um título público é emprestar dinheiro para o governo. O casal também pode “emprestar dinheiro” para algum banco, investindo em um CDB. E, na renda variável, há ótimas opções de ações – de empresas sólidas e lucrativas – e de fundos imobiliários que pagam rendimentos mensais com isenção do IR.

6.Invista todos os meses
Investir juntos gera um prazer enorme para o casal que pensa no futuro e caminha na mesma direção. É como andar de mãos dadas. Isso ajuda a renovar os sonhos e objetivos comuns, além de reforçar o vínculo afetivo. É o oposto do que acontece quando um dos dois decide se aventurar como especulador, fazendo operações de day trade ou perdendo dinheiro com jogos e apostas esportivas. Isso destrói relacionamentos. Por outro lado, investir todos os meses, do jeito certo e pro longo prazo faz ambos alimentarem sonhos, construírem patrimônio e enriquecerem juntos.
 
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