27/07/2023 às 13h58min - Atualizada em 28/07/2023 às 02h02min

Crimes cibernéticos disparam no Brasil e ChatGPT mostra como IA poderá potencializar delitos virtuais

A informação é do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). Veja como a Inteligência Artificial pode contribuir para esse cenário e o que fazer para se proteger

Joaquim da Silva
Kacper Pempel/Agência Brasil.

Dados da mais recente edição do Anuário do Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP) mostram que, no Brasil, a cada minuto 3 pessoas são vítimas de algum golpe no país. Segundo o levantamento, os casos de estelionato — crimes onde a vítima é enganada para obtenção de algum tipo de vantagem, geralmente dinheiro — tiveram um aumento de  37,9% em relação aos últimos 5 anos. 

 

Juntas, foram somadas 1,82 milhão de denúncias desse tipo de crime. Em entrevista ao portal G1,  Renato Sérgio de Lima, diretor-presidente do FBSP e professor da FGV-EAESP conta que o aumento já era esperado:. — "Imaginávamos que iria crescer porque, desde 2018, o crescimento tem sido sempre com incremento exponencial, quase dobrando a cada ano. Num intervalo de cinco anos, você tem uma mudança importante. Essa mudança se dá por um conjunto de fatores e que é internacional. Não é exclusividade do Brasil" — disse. 

Destaque para o número de equipamentos eletrônicos

 

Dentre os principais aumentos registrados pelo anuário, os golpes eletrônicos foram os que mais se destacaram. Foram mais de 200 mil registros de vítimas desse tipo de crime no País, um crescimento de 65,2% em relação ao ano de 2021. O Estado que mais teria registrado aumento nesse sentido foi o Rio de Janeiro, onde 123.841 casos foram computados no ano passado, um crescimento de 74% em relação ao mesmo período. 

 

Além disso, um levantamento feito recentemente pelo Grupo Card mostra que, nos últimos 12 meses, o Phishing foi o golpe eletrônico mais procurado pelos brasileiros. Em seguida aparece o Malware, que se popularizou como “o vírus do pix”. Para os especialistas, esses dados mostram que os crimes — que acontecem geralmente por meio de redes sociais principalmente  via Whatsapp — têm preocupado os brasileiros, que procuram informações sobre o delito ou saber como se precaver dele. 

Ao jornal Estado de Minas, Tiago Rocha, advogado especialista em Direito Digital e Proteção de Dados, contou que os criminosos aproveitam os acessos das pessoas à internet para cometer crimes: — "É uma forma específica. Nessa modalidade, os criminosos aproveitam da tecnologia e da internet para aplicar golpes em vítimas de formas sofisticadas e alcance ampliado. Temos golpes em compras online, clonagem de cartão, falso suporte técnico e até invasão de redes sociais"  — explica.

 


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