As especialistas em marca empregadora Bell Gama, Bruna Mascarenhas e Viviane Mansi, autoras do livro "Employer Branding: mais conceitos, mais modelos e mais práticas", compartilham em sua obra insights valiosos sobre os erros mais comuns cometidos pelas empresas ao utilizar o conceito de Employer Branding.
Segundo dados de uma pesquisa da Progic, empresa focada em comunicação interna e plataforma líder em TV corporativa no Brasil, o foco de cerca de 67% dos gestores do setor em 2023 será aprimorar a experiência do colaborador. Outro ponto de relevância do estudo é a dificuldade no alcance de mensagens institucionais através da comunicação interna, problema para 45% das empresas analisadas na pesquisa. Também é importante se atentar aos perfis das companhias participantes. Foram ouvidas empresas de diferentes segmentos, regiões e de todos os portes. O resultado dessas dificuldades é o desperdício de recursos, tempo e perda de oportunidades estratégicas valiosas para o seu negócio.
Seguem os cinco principais erros que as empresas devem evitar ao utilizar o conceito de Employer Branding:
Um dos erros mais comuns é não alinhar a estratégia de Employer Branding com a realidade interna da empresa. É crucial que a imagem externa esteja em sincronia com a experiência real dos colaboradores. Se houver uma desconexão entre a percepção externa e a experiência interna, isso pode levar a uma falta de credibilidade e confiança dos candidatos e colaboradores.
Outro erro bastante comum é não desenvolver e promover uma cultura organizacional autêntica. Uma marca empregadora forte se baseia em valores, crenças e comportamentos genuínos da empresa. Se a cultura organizacional não for autêntica e consistente, os esforços de Employer Branding podem parecer superficiais e vazios, afetando negativamente a reputação da empresa.
A comunicação ineficaz é um erro que pode prejudicar a percepção da marca empregadora. É essencial ter uma comunicação clara, transparente e consistente em todos os pontos de contato com os candidatos e colaboradores. A falta de transparência nas informações sobre oportunidades de carreira, benefícios e políticas internas pode gerar desconfiança e afastar os talentos em potencial.
Muitas empresas não acompanham e mensuram adequadamente os resultados de suas estratégias de Employer Branding. É importante estabelecer métricas e indicadores-chave de desempenho para avaliar o impacto e o retorno sobre o investimento. Sem um acompanhamento adequado, torna-se difícil identificar oportunidades de melhoria e fazer ajustes estratégicos.
O envolvimento e o comprometimento da liderança são fundamentais para o sucesso do Employer Branding. Quando a alta administração não se envolve ativamente no desenvolvimento e na promoção da marca empregadora, a estratégia pode perder força e não ser implementada de maneira eficaz. É essencial que os líderes sejam defensores da cultura e dos valores da empresa, demonstrando seu compromisso em criar um ambiente de trabalho atrativo.
As autoras reforçam que evitar esses erros é essencial para alcançar os resultados desejados com o Employer Branding. Se as empresas conseguirem alinhar a estratégia com a realidade interna, promover uma cultura autêntica, estabelecer uma comunicação eficaz, acompanhar os resultados e envolver a liderança, estarão bem posicionadas para atrair talentos de qualidade e se destacar como empregadores de escolha.
Sobre as autoras:
Bell Gama, CEO e co-fundadora da Air Branding, é uma experiente profissional de comunicação com mais de 22 anos de atuação no mercado. Com sua expertise em Employer Branding, ela acumula uma ampla gama de projetos bem-sucedidos, trabalhando com mais de 80 clientes e liderando 35 projetos de EVP (Employee Value Proposition) no Brasil e na América Latina.
Bruna Mascarenhas é professora na ESPM, colunista na HSM Management, e comanda a consultoria Smart Comms, fundada em 2016. Passou mais de 13 anos no ambiente corporativo em empresas como Johnson&Johnson, Unilever, Touch Branding e Votorantim e, como consultora, já construiu mais de 15 EVPs para empresas de diversos portes e facilitou cursos e formações nas áreas de Employer Branding e Gestão da Mudança pelos quais passaram milhares de alunos. É graduada em Comunicação, tem MBA e é mestranda em Psicologia Organizacional pela University of London, com pesquisa voltada para a conexão entre marca empregadora e a Teoria do Contrato Psicológico
Viviane Mansi possui uma sólida trajetória profissional em empresas como MSD, Takeda, GE, Votorantim Cimentos e Toyota além de experiência em sala de aula como professora das melhores escolas de comunicação e negócios do Brasil. Neste livro, ela traz sua experiência em liderança e comunicação para o contexto do Employer Branding. Viviane também é autora de mais de 15 livros e é reconhecida como uma das "Top Voices" do LinkedIn.