24/07/2023 às 09h56min - Atualizada em 24/07/2023 às 16h06min

Biometria comportamental fortalece combate a fraudes no sistema financeiro

Onboarding, biometria tradicional e biometria comportamental são procedimentos que fazem parte das políticas de KYC adotadas pelas instituições financeiras para evitar fraudes, incluindo as de identidade, cujas tentativas ultrapassam 3 milhões neste ano

Ernst & Young
https://www.ey.com/pt_br/agencia-ey/noticias/biometria-comportamental-combate-fraudes-sistema-financeiro

Somente em 2023, 3,4 milhões de tentativas de fraude de identidade foram identificadas no Brasil, de acordo com estudo da Serasa Experian destacado na Febraban Tech. Nessa modalidade, uma pessoa usa dados de outra para se passar por ela, utilizando para isso seus documentos ou imagens. Se tivessem sido concretizadas, poderiam gerar um prejuízo de R$ 29 bilhões. O setor bancário está entre os mais expostos a essas fraudes. Outro estudo, da iProov, calcula que 20% da receita online dos bancos na América Latina é comprometida com fraudes. O Brasil ocupa a primeira posição nesse ranking em termos de perdas, com prejuízo de R$ 60 bilhões anuais por crimes relacionados a roubo de identidade.

onboarding é justamente o momento de verificação inicial das informações enviadas pelo cliente, com o propósito de comprovar sua identidade. Esse procedimento faz parte das políticas de KYC (Know Your Customer ou Conheça Seu Cliente), que tem como propósito monitorar se as atividades financeiras do cliente são legítimas ou legais. “O KYC é um conjunto de procedimentos de compliance adotado pelas instituições financeiras para compreender o comportamento do cliente ao longo do relacionamento com elas, incluindo seu perfil e rotina de transações”, diz Frederico Ventriglia, sócio-líder da EY de Prevenção à Lavagem de Dinheiro. “Do ponto de vista de prevenção a fraudes, esse trabalho é muito relevante e está previsto em diversas normas, como Lei de Prevenção à Lavagem de Dinheiro e Lei Antiterrorismo”, completa.

Fazem igualmente parte do KYC a biometria tradicional e, mais recentemente, ainda em passos iniciais, a comportamental, esta segunda trazida pela digitalização dos serviços financeiros e ascensão das fintechs e dos bancos digitais.

Hábitos de acesso

Enquanto a biometria tradicional autentica clientes por meio de impressão digital, a comportamental possibilita a análise de como o usuário interage com o smartphone no momento em que está no aplicativo da instituição financeira. Isso inclui a forma com que manuseia o dispositivo móvel, se usa a mão esquerda ou direita para segurar o aparelho e a distância dele em relação ao rosto; a pressão do dedo ao clicar nas funcionalidades do app; os padrões de deslize do dedo; a dinâmica de toques no teclado; entre outras características. “São ainda coletados dados que indicam quando e como o usuário interage normalmente com sua conta bancária, incluindo hora do dia mais frequente de acesso, além de número médio de transações diárias e mensais”, observa Ventriglia.

Todas essas informações fortalecem a gestão de risco de fraude, já que qualquer desvio do comportamento típico do usuário é identificado em tempo real, podendo resultar na contestação do acesso, com solicitação adicional de autenticação de segurança, ou até mesmo no bloqueio do aplicativo.

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