20/07/2023 às 18h13min - Atualizada em 21/07/2023 às 00h06min

Mais de 13 milhões de pessoas foram inseridas no mercado de crédito com o Cadastro Positivo, revela Serasa Experian

Jovens e população de baixa renda são os principais beneficiados. Acesso ao crédito de qualidade também passa a ser maior na região Norte.

Amélia Mirtilo
www.serasaexperian.com.br
Divulgação
Levantamento inédito da Serasa Experian revela que o Cadastro Positivo, desde que entrou em franca operação em 2020, já incluiu 13,5 milhões de brasileiros no mercado de crédito até dezembro de 2022, ou seja, 8,3% da população adulta. Antes disso, essas pessoas tinham menos possibilidades de serem aprovadas numa análise de crédito por parte das empresas concedentes, muitas vezes em razão da falta de informações suficientes para a concessão segura de crédito. Esse déficit de dados sobre os hábitos de pagamento do consumidor gera insegurança no concedente, que acaba negando o crédito por não conseguir identificar se o tomador tem características ou não de um bom pagador. Com o Cadastro Positivo o mercado passou a ter mais visibilidade sobre essa população, o que faz o risco diminuir à medida em que as contas são pagas em dia, potencializando suas possibilidades de acesso a crédito.

Pessoas de baixa renda foram as mais beneficiadas com o Cadastro Positivo

Pessoas de todas as faixas de renda tiveram sua pontuação de crédito otimizada com o Cadastro Positivo, passando a marca de 500 pontos para cima, mas as que ganham até dois salários-mínimos foram as mais beneficiadas, pois 70% de toda a população incluída no mercado de crédito após o Cadastro Positivo se encontra nessa faixa. São 9,5 milhões de pessoas que passaram a ter acesso a crédito de qualidade. Em segundo lugar, a faixa acima de dois a três salários-mínimos registrou um incremento de 2,2 milhões de novos consumidores, o que representa um acréscimo de 21,4% das pessoas que estão neste grupo. Na faixa acima de três até cinco, 1,3 milhão de brasileiros passaram a ter seus scores acima de 500.


“O Cadastro Positivo é uma ferramenta importante para trazer mais equilíbrio ao cenário econômico, pois traz mais informação e, consequentemente, mais segurança para as empresas na tomada de decisão e mais oportunidade para o consumidor conseguir crédito que ele deseja, uma vez que possibilita que seja considerado na análise o histórico de pagamentos do consumidor, ou seja, suas contas pagas (em dia ou não) ao longo do tempo, e não só no momento da solicitação do crédito, trazendo uma visão mais ampla sobre o comportamento do consumidor em relação ao pagamento de suas dívidas”, diz o economista-chefe da Serasa Experian, Luiz Rabi.


A inclusão dos mais jovens ao mercado de crédito

Os jovens de 18 a 24 anos foram os mais beneficiados com as informações do Cadastro Positivo, com um incremento de 2,7 milhões de pessoas com acesso ao crédito de qualidade. Em segundo lugar, a de 25 a 29 anos, com um aumento de 1,9 milhão de consumidores. Em terceiro a de 30 a 34, com 1,8 milhão de novos brasileiros e, em quarto, a de 35 a 39 com mais 1,7 milhão de consumidores.

Norte foi a região mais beneficiada

Das 13,5 milhões de pessoas que tiveram acesso ao crédito de qualidade, 6,0 milhões estão no Sudeste; 3,8 milhões no Nordeste; 1,5 milhão no Norte; 1,2 milhão no Centro-Oeste e 1,1 milhão no Sul. No entanto, quando olhamos a proporção de pessoas físicas que melhoraram sua classificação de risco de crédito com o ingresso no Cadastro Positivo, o maior aumento ocorreu na região Norte, com 7,9 pontos percentuais, o que significa 10,8% da população adulta. Em seguida a região Nordeste, com aumento de 6,6 pontos percentuais, representando 9,0% da população adulta.


“Análises de crédito mais robustas e cada vez mais consistentes permitem a expansão do crédito ao mesmo tempo que previnem o superendividamento, beneficiando positivamente os consumidores que antes eram invisíveis ao mercado de crédito”. As empresas que vendem a crédito e não tinham acesso a essas pessoas, agora podem ter uma análise mais eficaz do risco de inadimplência. O impacto disso na economia é gigante, pois quem não é inadimplente e paga as suas contas em dia, mas por falta de informação não consegue uma análise financeira, tem um score mais preciso à medida em que passamos a considerar as informações do Cadastro Positivo nas análises”, explica Rabi. 

Metodologia
O Estudo foi realizado levando em comparação os anos de 2019 e 2020, tendo em consideração a mudança de opt-in (solicitar ativamente para fazer parte do cadastro) para o opt-out (ter de solicitar para sair) do sistema de Cadastro Positivo. Foi utilizada uma amostra de 1,2 milhão de consumidores de todas as regiões do país. Os resultados obtidos através da amostra foram extrapolados para a população brasileira considerando-se os dados da PNAD/IBGE.

Você também lê esta notícia no site:

https://www.serasaexperian.com.br/sala-de-imprensa/
 

Link
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp