19/07/2023 às 18h00min - Atualizada em 20/07/2023 às 00h04min

Estilo de vida é a chave para ter pressão arterial controlada

Hábitos saudáveis mantém a pressão estável e evitam uso de medicamentos

Marja Damian Nunes Kraft
Divulgação
As atividades diárias, oscilações de humor, prática de atividade física e repouso contribuem para as diferenças de pressão arterial ao longo do dia. É normal a pressão elevar-se e baixar durante as 24 horas, mas se o aumento da pressão for constante ou acontecer de maneira repentina, é sinal de alerta. Mas o que faz a pressão subir e comprometer a saúde?

De acordo com o médico cooperado Unimed Curitiba especialista em cardiologia Alexandre Alessi, depois da genética, o excesso de sódio é o principal fator para desenvolvimento da hipertensão. Entretanto estudo recente constatou que o uso excessivo de sal obstrui as artérias mesmo em pessoas que não são hipertensas

A pressão de pessoas que consomem muito sódio – presente no sal e em alimentos ultraprocessados como biscoitos, salgadinhos e fast food, por exemplo - pode ser até seis vezes maior do que a pressão das pessoas que ingerem os 5g recomendados pelo Ministério de Saúde. Pessoas com sobrepeso ou obesidade também são mais suscetíveis a desenvolver hipertensão arterial. “Há uma relação direta entre pressão alta e sobrepeso ou obesidade. Quando se perde peso, a pressão arterial tende a baixar”, afirma.

Pressão sob controle

Medir a pressão arterial é a única forma de descobrir se está com pressão alta. Quem tem pré-disposição genética precisa ter mais cuidado com o estilo de vida priorizando a alimentação equilibrada, a prática de exercício físico e períodos de descanso e repouso.

Para evitar que a pressão seja uma preocupação, o especialista sugere adotar alguns hábitos, confira:
 
  1. Mantenha um estilo de vida saudável: siga uma dieta equilibrada, rica em frutas e vegetais, grãos e cereais integrais e alimentos de baixo teor de gordura. Evite os alimentos ultraprocessados com alto teor de sódio, açúcar e gorduras saturadas. Além disso, limite o consumo de álcool e evite fumar.
  2. Controle o peso corporal: mantenha um peso saudável com a prática regular de atividade físicas. O exercício físico, quando praticado com regularidade, ajuda a reduzir a pressão arterial. Procure praticar exercícios aeróbicos como caminhada, corrida, natação ou ciclismo por, no mínimo, 150 minutos por semana.
  3. Reduza o consumo de sódio: consumir muito sódio contribui para elevar a pressão. Alimentos processados são riscos em sódio e é preciso muita atenção ao rótulo das embalagens. O Ministério da Saúde recomenda que as pessoas consumam no máximo 5 gramas de sal por dia, o equivalente a uma colher de chá.
  4. Gerencie o estresse e limite a cafeína: o estresse crônico contribui para a pressão alta. Procure maneiras saudáveis de lidar com o estresse diário com técnicas de relaxamento e respiração, por exemplo. Reserve um tempo para si mesmo com regularidade. Além disso, cuide com o consumo da cafeína, pois algumas pessoas são sensíveis aos efeitos estimulantes podendo apresentar elevação na pressão arterial se consumida em grandes quantidades.
  5. Monitore sua pressão regularmente: acompanhe sua pressão e, ao notar qualquer alteração, procure um profissional de saúde para que possa diagnosticar e, se for o caso, iniciar o tratamento adequado.


Tratamento sem remédios é possível

De acordo com o especialista, o paciente em estágio inicial ou pré-hipertensão é orientado a fazer mudanças no estilo de vida antes de entrar com a medicação. Reduzir o consumo de sal, adotar uma dieta equilibrada, consumir alimentos que ajudam na redução da pressão e fazer atividade física são as principais recomendações.

Após 6 meses, o paciente é reavaliado para ver se pressão mudou ou se vai precisar de remédios. "Muitos não conseguem manter a disciplina e os hábitos para uma vida saudável. Neste caso, o tratamento mais indicado para o controle da pressão é o medicamento, que deverá ser usado para o resto da vida. Por outro lado, aqueles que conseguem mudar seus hábitos de vida, certamente terão baixado a pressão arterial em níveis satisfatórios e não precisarão de remédios, afirma o cardiologista.
 
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