19/07/2023 às 01h32min - Atualizada em 19/07/2023 às 01h32min

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Jeep promove um face-lift sutil na linha 2024 do Wrangler e amplia a oferta de versões híbridas 4Xe

Na pequena cidade de Hurricane, em Utah, nos Estados Unidos, a Jeep montou uma apresentação com todas as variantes e configurações de seu modelo mais emblemático, o Wrangler. E vale ressaltar, são muitas. Na linha 2024, são sete versões na gama com motor a explosão, sendo que cinco delas podem ter duas ou quatro portas. Já na gama híbrida plug-in, sempre na carroceria de quatro portas, a oferta subiu das quatro configurações da linha 2023 para as seis da nova gama, com a chegada da Sport S e da Rubicon X. No deserto de Utah foi possível avaliar todas elas em condições extremas. O modelo chamado Jeep Wrangler nasceu em 1986 como o sucessor do lendário CJ, sigla para Civil Jeep, e de lá para cá foram quatro gerações. A linha 2024 apresentada é uma modernização não só visual – com um marcante face-lift –, mas também tecnológica da quarta geração (com código JL), lançada em 2017 e que deve ser sucedida somente daqui a quatro anos.
As mudanças estéticas foram extremamente sutis. A única digna de nota foi na grade dianteira, que manteve a elevação, mas ficou mais curta. Ela ainda apresenta a dobra nas barras de forma mais acentuada. Dependendo da versão, as barras podem receber uma moldura cromada. Um detalhe é que agora a linha passa a ter a antena integrada ao para-brisa, e não mais na carroceira. Na linha 2024, há também a versão comemorativa dos 20 anos da versão Rubicon, com adesivos específicos.
Uma alteração mecânica relevante foi no desenha das suspensões. A dianteira passa a apresentar dois braços de controle superiores de aço de alta resistência e dois inferiores para controle do eixo longitudinal e uma barra transversal para controle de eixo lateral. A traseira traz cinco links e, como na dianteira, dois braços superiores e dois inferiores, com barra de transversal. Já sob o capô, os motores disponíveis continuam sendo o 2.0 turbo a gasolina de quatro cilindros, com potência de 274 cv e o torque de 40,8 kgfm, acoplado a uma transmissão automática de oito velocidades, e o Pentastar 3.6 V6, de 289 cv de potência e 36 kgfm de torque e transmissão automática de seis ou oito velocidades. Já a versão 4Xe, híbrida plug-in adiciona dois motores elétricos ao motor 2.0 turbo. No total, são 380 cv e 65 kgfm, gerenciado por câmbio automático de oito velocidades.
A configuração 4Xe pode ser aplicada em seis versões Wrangler: Sport S, Willys, Sahara, Rubicon, na exclusiva High Altitude e na top Rubicon X. Ficam de fora a básica Sport e a versão especial Rubicon 392, que traz o poderoso motor V8 de 6.4 litros (392 polegadas cúbicas), que rende 481 cv e 65 kgfm, acoplada a um câmbio automático de 8 velocidades. Esta versão só está disponível na versão de quatro portas e custa cerca de US$ 90 mil iniciais (R$ 430 mil), ou 80% mais que a Rubicon normal, que começa em aproximadamente US$ 50 mil (R$ 240 mil), ou 50% mais que a versão híbrida Rubicon 4Xe, que começa em torno dos US$ 60 mil (R$ 290 mil).
Por dentro, o Wrangler oferece uma nova tela sensível ao toque de 12,3 polegadas que abriga o sistema Uconnect de quinta geração e apresenta destaque na parte superior do console central, logo acima da nova e fina saída de ar interna retangular. As saídas de ar externas mantêm a forma circular característica. Segundo a Jeep, este Uconnect 5 oferece velocidades de operação cinco vezes mais rápidas que na geração anterior. Ele tem um sistema operacional Android com atualizações automáticas (OTA), que permitirá que o sistema ofereça sempre novos conteúdos, recursos e serviços.
Nesta versão, o sistema Uconnect 5 registra de até cinco perfis de usuário – além do modo manobrista. Em cada perfil pode ser definido as preferências de música, aplicativos, posições do assento e do espelho e padrão climático. Ele, obviamente, faz espelhamento de celulares pelos aplicativos Apple CarPlay e Android Auto sem fio. A tela inicial é personalizável para acesso rápido aos recursos preferidos, tem conexão Bluetooth simultânea para dois telefones, roteador para até oito dispositivos e possibilidade de incluir assistente virtual Alexa.

Primeiras Impressões
Força bruta
O motor de três cilindros da General Motors, chamado Nessa renovação da linha Wrangler, duas versões se destacam à primeira vista: as que recebem a motorização híbrida e a brutal Rubicon 392. Esta última e mais recente configuração oferece caixa de transferência central, suporta transposições de até 85 cm, tem ângulo de ataque de 47,4º, de saída de 40,4º e tem altura livre para o solo de 33 cm. A estética é visualmente áspera, mas sob o capô esconde-se o enorme V8 de 6.4 litros que entrega 481 cv de potência e 65 kgfm de torque, dos quais 75% está disponível já aos 2 mil giros. Ele consegue empurrar o Wrangler de zero a 100 km/h em pouco mais de 4,5 segundos. Mesmo sendo sempre na versão mais longa e pesada, de quatro portas.
Já as versões Plug-in Hybrid integram à perfeição os dois motores elétricos e a bateria de 400 volts ao motor 2.0 litros turbo de quatro cilindros em linha, acoplado a uma transmissão automática de oito velocidades. No total são 380 cv e os mesmos 65 kgfm do motor Hemi 392. A mecânica elétrica consiste em uma unidade geradora montada no motor a combustão e outra integrada à transmissão automática. Já a bateria é composta por 96 células com capacidade de carga de 17 kWh. Com ela, é possível percorrer até 33 km no modo puramente elétrico e a média de consumo fica em torno de 20 km/l.
O Wrangler 4Xe tem três modos de operação. No modo híbrido, ele combina o torque do motor 2.0 litros com o dos motores elétricos. O sistema usará primeiro a energia da bateria e, em seguida, adiciona a propulsão do motor a combustão, quando a bateria atingir o estado mínimo de carga. No modo elétrico, o sistema obrigatoriamente energia elétrica até que a bateria atinja a carga mínima ou o motorista pise repentinamente no acelerador, o que ativa o motor 2.0 litros. O último é o modo eSave, que prioriza o uso do motor 2.0 litros e economiza a carga da bateria para uso posterior.


FACE-LIFT DA LINHA JEEP WRANGLER por Alejandro Konstantonis autocosmos.com/Argentina | Exclusivo no Brasil para Auto Press

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