17/07/2023 às 10h06min - Atualizada em 17/07/2023 às 20h08min

Segurar os gases corporais faz mal à saúde?

Além de causar desconforto, excesso pode indicar quadros de doenças gástricas

Mariana Garrett Paker Rodrigues
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A resposta é não, porém isso gera um grande incômodo. O acúmulo indesejado de gases no intestino resulta em distensão abdominal (inchaço na barriga) e cólicas abdominais, além do rompimento da parede intestinal. Já no caso dos arrotos a retenção pode causar dores, que se confundem com as de problemas cardíacos. 

Ao arrotar, o ideal é não colocar força, para não fazer barulho, piorar eventuais quadros de refluxo e provocar regurgitação involuntária do alimento e do suco gástrico. Forçar esse hábito, ao contrário do que se pensa, ainda aumenta o volume de gases.

Puns: o pum faz parte da digestão humana e continuará fazendo, não há o que fazer. Mas sua produção em excesso pode ser decorrente da má alimentação, síndrome do intestino irritável ou problemas no estômago. Não ir ao banheiro quando o intestino pede contribui para o aumento de gases. “Se a pessoa os segurar por muito tempo, eles podem provocar inchaço e distensão abdominal, além do endurecimento do bolo fecal, que pode ficar ressecado e dificultar depois a evacuação”, afirma Dr. Rizzieri Gomes, médico cardiologista, focado na mudança do estilo de vida (MEV) de seus pacientes. “Mas atente-se à força, pois quando se força o abdômen para soltar gases há risco do aumento da pressão arterial nas veias do plexo hemorroidário, situado no entorno do ânus, podendo provocar a formação de hemorróidas, ou seja, varizes das veias, que, se agravadas, podem sangrar”, completa o médico. 

Arrotos: eles acontecem quando há a liberação do ar ou de dióxido de carbono (gás que produz o efeito efervescente em determinadas bebidas) engolido. Ainda que grande parte do ar que deglutimos ao comermos ou ao engolirmos a saliva seja absorvido pelo organismo, uma parte precisa ser eliminada. Na maior parte das vezes, o arroto (ou eructação) não representa problema médico, mas merece atenção quando persistente. 

“Evitar bebidas gaseificadas ou efervescentes, comer devagar, mastigar bem os alimentos, não exagerar na quantidade, não mascar chiclete ou balas muito duras e falar menos durante as refeições são algumas das maneiras de diminuir os arrotos”, informa o Dr. Rizzieri. O médico ainda alerta que “arrotos podem ser sintomas de úlceras, então caso haja dor abdominal seguido de queimação entre as refeições e à noite o recomendável é procurar um médico”. 

 

Sobre o Dr Rizzieri Gomes

 

Homem de terno e gravata    Descrição gerada automaticamente

Homem de terno e gravata Descrição gerada automaticamente

Mini Biografia: É médico cardiologista, focado na mudança do estilo de vida (MEV) de seus pacientes, como ele mesmo define: tratar de saúde em vez de doenças. Foi o responsável pela implantação do protocolo de dor torácica no Hospital Check Up, de Manaus e por transformar a maneira como o infarto agudo do miocárdio é tratado na cidade, reduzindo a mortalidade por infarto agudo. 


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