12/07/2023 às 12h15min - Atualizada em 13/07/2023 às 00h06min

Vendas no varejo têm queda de 4,2% em junho, mas fecha 1º semestre em estabilidade, aponta Índice Stone Varejo

Os resultados refletem o impacto do cenário econômico, alta dos juros, comprometimento da renda das famílias e inadimplência. Na análise anual, os sete segmentos analisados registraram queda no volume de vendas. No recorte estadual, Rondônia foi o que mais cresceu, com alta de 9,8%

Barbara Nere Honorato

Apesar do primeiro semestre de 2023 registrar queda de 3,4%, em comparação com o mesmo período de 2022, os dados mais recentes apontam para uma estabilização do cenário. Em junho, embora o varejo tenha registrado uma redução de 4,2% do volume de vendas na comparação anual, o comparativo mensal sazonalmente ajustado apresentou queda de apenas 0,1%, o que indica estabilidade. É o que aponta a 6ª edição do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo, que apresenta dados mensais de movimentação no setor, divulgada nesta quarta-feira, 12. O estudo é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros que é a principal parceira do empreendedor brasileiro, em parceria com o Instituto Propague.

O levantamento tem como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos Estados Unidos. O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos a grandes varejistas e divulgar um retrato do varejo nacional.

De acordo com o levantamento, nos resultados registrados no sexto mês do ano, todos os setores investigados apresentaram queda no volume de vendas: hipermercados e supermercados (14,5%), tecidos, vestuários e calçados (3,9%), hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (3,4%), material de construção (2,2%), móveis e eletrodomésticos (1,9%), artigos farmacêuticos (1,8%) e livros, jornais, revistas e papelaria (0,6%). 

Essa perda de fôlego do setor no primeiro semestre estava bem pronunciada quando observamos os dados mensais, explica o pesquisador econômico e cientista de dados da Stone, responsável pelo levantamento, Matheus Calvelli. “É importante ressaltar que o último mês do semestre mostrou sinais significativos de estabilização, o que melhora as perspectivas para o restante do ano. Especialmente quando se considera o quão adaptável e resistente o comércio varejista tem se mostrado ao longo do ano”, analisa o especialista.

Destaques nos dados regionais

Cinco estados registraram alta na comparação ano contra ano: Rondônia (9,8%), Santa Catarina (4,9%), Acre (2,8%), Espírito Santo (1,2%) e Mato Grosso do Sul (0,8%). O índice reportou queda significativa nas economias de todas as regiões do País. Nas regiões Norte e Nordeste, os estados mais afetados foram Ceará (11,4%), Tocantins (8,2%), Roraima (7,2%) e Rio Grande do Norte (6,9%). No Centro-Oeste, Sudeste e Sul, a maior queda foi no estado do Goiás (9,5%), Mato Grosso (4,3%), Rio de Janeiro (3,1%) e Rio Grande do Sul (3,0%).

Segmentos analisados 

O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo avalia sete segmentos:  

1) Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;

2) Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;

2.1) Hipermercados e supermercados (é um sub-segmento do segmento 2);

3) Livros, jornais, revistas e papelaria;

4) Móveis e eletrodomésticos;

5) Tecidos, vestuários e calçados;

6) Material de Construção.

 

Acesse a versão completa do Índice de Atividade Econômica Stone Varejo em link.

 

Sobre a Stone

Empresa de tecnologia financeira que possui uma plataforma de soluções completas, cujo propósito é melhorar a vida do empreendedor brasileiro, ajudando-o a vender mais, gerir melhor o seu negócio e crescer sempre. Por meio de tecnologia e inovação, contribui para o fortalecimento e a evolução do mercado. Com clientes espalhados por todo o Brasil, desenvolve um relacionamento próximo e personalizado com cada um dos lojistas que atende.

 Sobre o Instituto Propague

O Instituto Propague é uma instituição sem fins lucrativos que surgiu em 2019 e tem a missão de expandir o debate sobre o sistema financeiro no Brasil por meio da produção de conteúdo, tornando-o mais acessível e inclusivo. Como plataforma de conteúdo, acredita que compreender o sistema financeiro é fundamental para criar um bom ambiente de negócios, estimular a competição, aprimorar a demanda por serviços e desenvolver inovações.


 
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