11/07/2023 às 12h49min - Atualizada em 12/07/2023 às 04h00min

Ataque cibernético paralisa operações do maior porto do Japão

Incidente em Nagoya é mais um exemplo da ameaça representada por ciberataques à cadeia de suprimentos

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Imagem de Pexels por Pixabay

Na quarta-feira, 05 de julho, o porto de Nagoya, o maior terminal marítimo do Japão, foi alvo de um ataque cibernético. A ação dos hackers levou a autoridade portuária local a interromper todas as operações no porto, o que resultará em atrasos nas remessas e nos desembarques de cargas.

De acordo com dados da project44, provedora de tecnologias de visibilidade para a cadeia de suprimentos, o tempo médio de permanência (dwell time) de contêineres de importação no Porto de Nagoya, que era de 5 dias em 03 de julho, saltou para 30,9 dias em 05 de julho, após o ciberataque. Isso representa uma queda de 98% no volume de importação do terminal japonês.

“É fundamental considerar que os contêineres liberados ontem estão parados no Porto de Nagoya há um tempo consideravelmente maior em relação ao impacto do ciberataque. Vários fatores podem ser responsáveis por esse atraso, como problemas com papelada, inspeções ou atrasos na entrega do cliente”, avalia Pierre Jacquin, vice-presidente da project44 para a América Latina. “Embora não seja incomum que os contêineres permaneçam nos portos por longos períodos, vale notar que, em circunstâncias normais, um volume maior de contêineres seria liberado”.

Nas exportações, contudo, o dwell time manteve-se relativamente estável, oscilando entre 6 e 7 dias no mesmo período. “Uma possível explicação para isso é que os contêineres destinados a exportações já haviam sido carregados em navios antes do ataque digital”, afirma Jacquin.

Embora grandes exportadoras japonesas relataram não ter sofrido impactos na produção até agora, a suspensão das atividades inevitavelmente trará consequências para as operações. “O problema de segurança já vem sendo sanado, mas o incidente em Nagoya é mais um exemplo de como ciberataques na cadeia de suprimentos representam uma séria ameaça às empresas”, alerta o executivo da project44.


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