03/07/2023 às 12h20min - Atualizada em 03/07/2023 às 16h00min

45% dos heterossexuais já pensaram sobre ter uma relação homoafetiva, aponta pesquisa

Segundo levantamento da plataforma Gleeden com usuários da América Latina, 18% dos heterossexuais dizem já ter tido um relacionamento homossexual e 70% acham que, se não fossem as condições morais e religiosas, todos seriam bissexuais

SALA DA NOTÍCIA Edilaine Tenório
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São Paulo, julho de 2023 –  Todo os anos, o mês de junho marca a celebração do orgulho LGBTQIAPN+ e chama atenção para a luta travada por pessoas em busca de respeito, aceitação e pelo fim do preconceito que sofrem simplesmente por serem quem são. As consequências geradas por esse preconceito são diversas, porém uma pesquisa realizada no ano passado pelo Gleeden, plataforma destinada a promover encontros extraconjugais, joga luz sobre um aspecto pouco abordado: como heterossexuais se veem em relações homossexuais? Por que deixam de fazer sexo com alguém do mesmo gênero?

O levantamento com usuários da plataforma na América Latina revelou que 45% dos heterossexuais dizem já ter pensado em ter um relacionamento homossexual. E mais: 18% já tiveram um relacionamento homossexual; 20% já fizeram sexo com uma pessoa do mesmo gênero; e 70% consideram que, se não fossem as condições morais, culturais ou religiosas, todos seriam bissexuais. Apesar disso, apenas 10% dos entrevistados se declaram bissexuais.

Segundo a psicóloga Laia Cadens, existem vários motivos para a tendência ascendente. Alguns são a identificação da própria sexualidade, a curiosidade e a necessidade de experiências de sexo mais diversas. “Os aspectos socioculturais têm muito impacto nisso, uma vez que 70% afirmam que, se não houvesse condições morais, todas as pessoas poderiam ser bissexuais”, explica.

Essa abertura à diversidade sexual está sendo impulsionada por uma combinação de fatores. Segundo Mariona Gabarra, sexóloga do Gleeden, a mudança na cultura popular reflete nessa abertura da diversidade sexual e de gênero. “Filmes, programas de TV e músicas estão começando a retratar personagens e relacionamentos queer de uma forma mais positiva e autêntica, ajudando a normalizar essas orientações. Além disso, é importante destacar o papel dos jovens, que lideram essa mudança, sendo mais abertos e honestos sobre suas identidades sexuais e de gênero. Isso ajuda a criar um ambiente mais acolhedor e seguro para aqueles que vivenciam experiências semelhantes”.

Esse cenário das relações pode ser notado também por meio dos usuários do Gleeden, que são cada vez mais variados e não necessariamente são casados, mas também solteiros ou pessoas em relacionamentos abertos que buscam outras experiências afetivo-sexuais. “O uso de aplicativos de relacionamento mudou a forma como interagimos, ou seja, criaram espaços seguros para que as pessoas possam estabelecer um perfil mais genuíno e ter clareza sobre o que estão procurando sem medo de serem julgadas. Isso tem permitido que elas percebam que existem outras formas de amar”, afirma Silvia Rubies, Diretora de Comunicação e Marketing do Gleeden.

Para a executiva, a abertura a experiências é algo característico dos mais jovens, porém o uso de aplicativos permite que gerações anteriores descubram e se sintam mais seguras sobre isso. “Essas pessoas sabem que, em plataformas como o Gleeden, têm a liberdade de poder expressar o que realmente são e querem. Assim, fica mais fácil se relacionar com outros que buscam a mesma coisa”, finaliza.

Sobre Gleeden

Gleeden é o site e também aplicativo número 1 de encontro extraconjugais e relações não monogâmicas do mundo, pensado dia a dia por uma equipe 100% feminina, com o objetivo de empoderar a mulher a ser fiel aos seus sentimentos e desejos. Com mais de 10 milhões de usuários ativos (homens e mulheres) ao redor do mundo, é ideal para quem busca uma aventura próximo de casa ou a milhares de quilômetros, em uma viagem com toda a segurança, privacidade, discrição e, acima de tudo, liberdade.


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