29/06/2023 às 10h33min - Atualizada em 30/06/2023 às 00h04min

Moinhos de Vento cria repositório único de dados em saúde e adota tecnologia para melhorar tratamento de informações de pacientes

Hospital vai unificar informações de mais de 50 sistemas internos, cria um data-lake em saúde e caminha em direção à interoperabilidade

SALA DA NOTÍCIA 2PRÓ Comunicação

São Paulo, junho de 2023O Hospital Moinhos de Vento lançou na última terça (27), em Porto Alegre, um projeto pioneiro, que tem como objetivo garantir o uso e a troca de dados de pacientes de forma rápida, eficiente e segura em seus setores internos. Com a tecnologia, a instituição dá o passo inicial para a criação de um ecossistema de hospitais, interligados para facilitar o atendimento de pacientes em qualquer unidade, seja pública ou particular.

A nova ferramenta padroniza as informações do paciente do hospital, unificando o seu perfil e toda a sua jornada nos inúmeros sistemas da instituição. Isso vai permitir, por exemplo, maior agilidade na hora de o médico atender o paciente e até evitar exames desnecessários, para um diagnóstico mais rápido e eficiente. E se o paciente consentir, seus dados podem ser transportados em tempo real e de forma segura para outros serviços de saúde.

“O sistema garante a democratização das informações do paciente, para que todos os profissionais e o próprio paciente tenham acesso de forma segura e integrada a esses dados”, afirma Evandro Moraes, Superintendente Administrativo do Hospital Moinhos de Vento. A primeira etapa do projeto já foi implantada, que é a integração dos dados do sistema hospitalar com o sistema de pesquisa clínica do hospital.

Evandro explica que o sistema acaba com a possibilidade de dados duplicados, ressalta informações relevantes (como alergias e medicamentos e uso contínuo) e segue à risca a LGPD (Lei Geral de Proteção de Dados). “É um avanço importantíssimo: é como se os vários sistemas do hospital falassem idiomas diferentes e, de uma hora para outra, passassem a usar um tradutor para falar a mesma língua”, exemplifica o superintendente.

Esse “idioma universal” chama-se HL7 FHIR, um conjunto de regras técnicas utilizado no mundo inteiro para a troca eletrônica de dados de saúde entre os mais diversos players de saúde, de unidades públicas a particulares, de laboratórios a seguradoras, de startups a grandes hospitais.

 

Conexão entre hospitais

A nova tecnologia implantada tem como base uma palavra ainda pouco conhecida pelos pacientes, mas que é uma das grandes tendências da área de tecnologia na saúde: interoperabilidade. É o que conta André Cripa, Chief Innovation e Digital Officer da CTC, uma das 150 maiores empresas de tecnologia do país, contratada pelo Hospital Moinhos de Vento para implementar o sistema.

“A interoperabilidade promove uma visão completa de dados em saúde, padronizando, compartilhando e utilizando os dados do paciente como e quando forem necessários. O resultado é uma assistência mais rápida e precisa, promovendo a segurança do paciente. Além disso, a comunicação entre sistemas permite que os profissionais de saúde acessem menos telas simultaneamente, melhorando sua eficiência e reduzindo a sobrecarga de trabalho”, explica Cripa.

“No momento em que outras unidades de saúde do município, do estado ou do país passarem a adotar esse sistema, e esse passo já vem sendo dado em outros lugares, poderemos nos conectar para trocar dados de pacientes e permitir um cuidado ainda melhor”, afirma Evandro .

“Imagine a redução de custos do sistema de saúde quando um paciente der entrada na emergência de um hospital e o médico puder ter acesso a seu histórico de todas as unidades pelas quais passou nos últimos meses ou anos. Isso significa prever doenças, agilizar atendimentos, evitar erros médicos. Isso é interoperabilidade na saúde”, finaliza Vitor Tadeu Ferreira, gerente de Tecnologia da Informação.


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