29/06/2023 às 17h20min - Atualizada em 30/06/2023 às 00h04min

Healthtech cria programa para combate ao assédio dentro das empresas

Mais da metade dos brasileiros já sofreram com assédio no trabalho, de acordo com pesquisa

SALA DA NOTÍCIA Redação

No início de maio, é celebrado o Dia do Combate ao Assédio Moral. Em 2022, foram registrados 77,5 mil novos processos por assédio moral na Justiça do Trabalho, de acordo com o Tribunal Superior do Trabalho. Além disso, um levantamento do site Vagas.com, apontou que 52% dos trabalhadores brasileiros já sofreram com algum tipo de conduta antiética no ambiente de trabalho. 

De acordo com o médico especialista em saúde corporativa e consultor da Telavita, Dr. Marco Túlio Carvalho, existem diversos tipos de assédio e, para cada um deles, comportamentos em que diretamente e indiretamente o colaborador é afetado e pode não conseguir ter a percepção que está sendo vítima. “Existem diversas formas de assédio como, por exemplo, o institucional, sexual, moral, físico, virtual, agressões psicológicas, entre outros. O assédio é toda conduta abusiva que, intencionalmente, fere a dignidade e a integridade física e psicológica de uma pessoa”, completa Carvalho.

Quem passa por uma situação de assédio é realizar a denúncia formalmente para a empresa, seja por um canal de denúncia ou por meio de um responsável da área de Recursos Humanos. “Infelizmente, muitos colaboradores têm o receio de serem prejudicados após uma denúncia, principalmente quando se dá por uma violência realizada pelos gestores. Mas, a denúncia é um passo de extrema importância para o combate ao assédio. Existem também outros recursos externos, fora do ambiente corporativo, em que o colaborador consegue fazer a denúncia e até mesmo iniciar um processo contra o agressor, por exemplo, o assédio sexual pode ser formalizado por meio de um canal de denúncia municipal”, diz Dr. Marco Túlio Carvalho.

Para o médico, o ideal é que a empresa construa um canal de denúncia interno, onde os colaboradores se sintam à vontade para delatar e sejam amparados e acolhidos pelo time responsável. “Essa prática deverá ser representada pelo time de Recursos Humanos, com envolvimento do jurídico. Essas pessoas não devem ter envolvimento corporativo, para tomadas de decisões das ações que devem ser realizadas na sequência. Além disso, o assédio pode deixar consequências psicológicas na vítima, por isso é de extrema importância ter o apoio de um profissional da área de saúde mental após o ocorrido”, finaliza o especialista.

Programa Anti Assédio

Em dezembro de 2022, foi criada a Lei nº 14.457/2022, que instituiu o Programa Mais Mulheres, que trouxe um capítulo dedicado às medidas de prevenção ao assédio sexual e a outras formas de violência no ambiente de trabalho, como o assédio moral. Isso faz com que as empresas tenham que incluir temas referentes à prevenção e ao combate à violência nas atividades e nas práticas da Comissão Interna de Prevenção de Acidentes (Cipa). Obrigatoriamente as empresas devem realizar a capacitação, orientação e de sensibilização de todos os empregados sobre temas relacionados ao assédio, à igualdade e à diversidade no âmbito do trabalho, no mínimo a cada 12 meses.

Para suprir essa demanda por capacitação, orientação e sensibilização sobre o tema, a Telavita, clínica digital de psicologia e psicoterapia, desenvolveu o Programa Anti Assédio, composto por uma trajetória educacional que aborda o assunto focando na composição de líderes e colaboradores, com o propósito de promover a mudança de comportamento interno. A especialização conta com uma régua de comunicação específica para impactar e conscientizar toda a população. Entre os profissionais que promovem essa jornada estão médicos do trabalho, profissionais de recursos humanos e psicólogos especialistas no ambiente corporativo. Na trilha de letramento, os assuntos são divididos entre liderança e liderados.

“O Assédio gera diversas consequências negativas para as empresas, como por exemplo a queda na produtividade, alto turnover, aumento de licenças médicas e o principal fator para a empresa que são os processos trabalhistas. Para o colaborador como indivíduo pode aumentar os riscos psicossociais dos mesmos, como estresse, depressão, baixo estima entre outros fatores”, diz Andy Bookas, CEO da Telavita.


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