27/06/2023 às 17h54min - Atualizada em 28/06/2023 às 04h09min
Em maio, demanda dos consumidores por crédito seguiu em queda, revela Serasa Experian
Economista explica que a derrocada foi menor que a do mês anterior e pode sinalizar alguma reação mais positiva ao longo dos próximos meses
SALA DA NOTÍCIA Amélia Mirtilo
www.serasaexperian.com.br
Divulgação Em maio, na comparação com o mesmo mês de 2022, a demanda dos consumidores por crédito marcou a quinta queda do ano, desta vez de 15,7%. Os dados são do Indicador de Demanda dos Consumidores por Crédito da Serasa Experian, confira nos gráficos abaixo os dados mês a mês e estaduais:
“A queda anual foi menor do que a de abril, o que pode sinalizar alguma reação mais positiva ao longo dos próximos meses, especialmente no segundo semestre com a tão esperada redução das taxas de juros. Essa incerteza econômica faz com que os consumidores considerem melhor ao se comprometerem com um novo crédito. E mais do que isso, com a inadimplência batendo recordes a cada mês, eles podem estar focados em sanar os compromissos financeiros já assumidos. Para que a retomada do acesso ao crédito democrático não demore, o momento deve ser de planejamento financeiro e renegociação de dívidas”, avalia o economista da Serasa Experian, Luiz Rabi. Ainda segundo o indicador, a busca pelo recurso financeiro foi negativa em todas as Unidades Federativas (UFs) do país, com destaque para o Distrito Federal com o maior tombo (-27,3%). Veja abaixo o gráfico com o levantamento estadual:
Queda em todas as faixas de renda Desde os consumidores que ganham até R$ 500 mensais, até aqueles que recebem mais de R$ 10 mil ao mês, todas as faixas de renda marcaram retração na demanda por crédito. Veja os dados na íntegra na tabela abaixo:
Metodologia do indicador O Indicador Serasa Experian da Demanda do Consumidor por Crédito é construído a partir de uma amostra significativa de CPFs, consultados mensalmente na base de dados da Serasa Experian. A quantidade de CPFs consultados, especificamente nas transações que configuram alguma relação creditícia entre os consumidores e instituições do sistema financeiro ou empresas não financeiras, é transformada em número índice (média de 2008 = 100). O indicador é segmentado por região geográfica e por classe de rendimento mensal.