27/06/2023 às 18h00min - Atualizada em 28/06/2023 às 04h07min

Financiamento coletivo impulsiona startups durante a crise, com crescimento de 61%

Crescimento desse setor não se deve necessariamente ao surgimento de um novo público interessado ou à maior atratividade em comparação a outros tipos de investimentos, explica o especialista em negócios e inovação Luís Eduardo Ludgero

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O capital de risco, também conhecido como venture capital, encontrou uma solução inesperada durante a crise: as plataformas de crowdfunding. O equity crowdfunding, que é o financiamento coletivo para startups de diversos setores, registrou um aumento de 61% nas arrecadações, enquanto os investimentos globais em venture capital caíram 35% de acordo com o Crunchbase. No Brasil, o mercado encolheu para menos da metade, passando de US$ 9,8 bilhões em 2021 para US$ 4,46 bilhões em 2022.

Entre janeiro de 2022 e março de 2023, as campanhas de financiamento coletivo arrecadaram quase R$ 75 milhões para startups brasileiras, de acordo com um levantamento da Quantum Finance com base nos dados da Comissão de Valores Mobiliários (CVM).

No entanto, o crescimento desse setor não se deve necessariamente ao surgimento de um novo público interessado ou à maior atratividade em comparação a outros tipos de investimentos, segundo o especialista em negócios e inovação Luís Eduardo Ludgero.

“A expansão ocorreu principalmente devido à flexibilização das regulamentações para as plataformas, permitindo que mais startups e investidores aderissem a essa modalidade como alternativa em tempos de crise no mercado de risco”, pontua.

O especialista reforça que investir em startups por meio de crowdfunding ainda é uma opção atraente apenas para investidores de perfil arrojado, pois é considerado um ativo de alto risco, com a possibilidade de perder todo o capital investido caso a startup não obtenha sucesso. 

“O cenário para o crowdfunding mudou significativamente no ano passado, com a implementação da Resolução 88 da CVM. A nova regulamentação, que substituiu a Instrução 588, trouxe mudanças relevantes, incluindo o aumento do limite de captação via plataformas de R$ 5 milhões para R$ 15 milhões”, explica.

Isso significa que agora as plataformas de crowdfunding podem atender até 75% do ecossistema de startups no país, em comparação com os 23,5% anteriores, de acordo com o levantamento de 2022 da Associação Brasileira de Startups.
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