São Paulo, SP, 23 de junho de 2023 – Uma pesquisa da ONU Mulheres (Entidade das Nações Unidas para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres) destacou que apenas 3% dos prêmios Nobel em ciência foram concedidos a mulheres. Nesta sexta-feira (23), com o objetivo de fortalecer as profissionais no mercado de trabalho, é comemorado o Dia Internacional das Mulheres na Engenharia.
O quadro é um pouco mais animador na América Latina, pois 45% dos estudantes de ciências, tecnologia, engenharia e matemática são mulheres. No entanto, esse número é reduzido conforme o grau de especialização e desenvolvimento no campo profissional.
Por esse motivo, é crucial ter exemplos de mulheres engenheiras que conquistaram destaque na área e se tornaram referência e inspiração para outras.
Exemplo de legado
Se falamos de uma mulher que deixou um grande legado no campo da pesquisa e da engenharia, temos que lembrar da engenheira química Stephanie Kwolek. Colaborando com a DuPont, ela conseguiu desenvolver uma fibra de aramida que vem salvando milhares de vidas há mais de 50 anos: o Kevlar®.
Este composto de alta resistência é utilizado principalmente em equipamentos de proteção individual, como coletes e capacetes balísticos, mas também é empregado em diversos ramos da indústria. Sua resistência e maleabilidade permitem que seja utilizado nas áreas de telecomunicações, construção, mobilidade e até mesmo na indústria de desenvolvimento da tecnologia aeroespacial.
Kwolek nasceu em 31 de julho de 1923 em New Kensington, Pensilvânia. Após a conclusão de seus estudos, começou a trabalhar na DuPont como química de engenharia de polímeros e passou grande parte de sua carreira no laboratório de fibras têxteis.
Seu objetivo era inventar uma fibra mais resistente que o nylon. Após várias experiências e testes, conseguiu formar, em 1985, a poliparafenileno tereftalamida, um componente ainda mais resistente e mais leve que o aço. A empresa iniciou a comercialização do Kevlar® em 1972. Atualmente, o material possui mais de 200 aplicações.
Esta invenção trouxe vários reconhecimentos, incluindo sua introdução no National Inventors Hall of Fame em 1994.
Ao longo dos anos, Stephanie tornou-se um exemplo a seguir para engenheiros ou estudantes da área. Sempre buscou incentivar mulheres a alcançarem seus objetivos e incentivá-las a se especializar nas disciplinas de ciência, tecnologia, engenharia e matemática (STEM Education), cujos ramos eram escolhidos apenas por homens anteriormente.
Sobre a DuPont
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23/06/23
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