06/06/2023 às 14h22min - Atualizada em 07/06/2023 às 00h04min

Saiba como a depressão pode afetar os relacionamentos amorosos

Psiquiatra alerta que esse transtorno afetivo pode atingir familiares e parceiros

SALA DA NOTÍCIA Cristiane Miranda Malheiros
Divulgação

A depressão geralmente é uma doença devastadora, causando problemas emocionais, físicos e familiares. Pesquisas revelam que, atualmente existem no Brasil 18,6 milhões de ansiosos e 13,5% da população com sintomas de depressão.
"A depressão muitas vezes é confundida com tristeza, mas precisamos ficar alertas porque geralmente temos episódios de tristeza devido a uma notícia ruim, a uma perda de um ente querido, o que é normal. Mas, a depressão é algo que afeta o nosso dia a dia, o nosso convívio social e os relacionamentos ", explica a psiquiatria Kelly Robis, professora da UFMG e da PUC/Minas.
Kelly Robis observa que a depressão, em muitos casos, pode afetar diretamente os relacionamentos amorosos e, sem a busca de ajuda de um profissional, pode levar ao término da união."Quando um dos parceiros está deprimido é preciso intervenção medicamentosa e, claro, uma terapia. O relacionamento conjugal pode ser afetado por diversas razões, seja porque a depressão pode levar a pessoa a ter pouco interesse por elementos da vida cotidiana, seja por dificuldade de assertividade", ressalta.
Transtornos Afetivos
Dados internacionais apontam que os Transtornos Afetivos, além de terem uma prevalência de, aproximadamente, 11,3% da população, são uma das doenças que mais geram perdas sociais e nos relacionamentos familiares.
A convivência é modificada porque perde-se a estabilidade emocional, causando um estranhamento mútuo. "Isso leva a uma perda de qualidade de vida. Há um sofrimento mútuo", completa Kelly Robis.
Alerta aos sintomas 
A pessoa com depressão e que está em um relacionamento pode apresentar picos de
agressividade, alterações de humor, desinteresse sexual, desânimo para atividades de lazer, apatia diante de tarefas domésticas, desleixo e baixa autoestima. Todos essas situações, comuns no dia a dia dos pacientes com depressão, podem interferir diretamente na vida conjugal, desgastando a relação. 
A psiquiatria ressalta que cada caso precisa ser analisado, mas a ajuda do companheiro e da família é essencial na recuperação do paciente."A pessoa deprimida não deixou de amar, mas pode estar com dificuldade de se expressar e de demonstrar empolgação pela vida, não é uma escolha da pessoa em dizer: agora vou ficar deprimida. O carinho, o amor e um tratamento adequado são essenciais", conclui.
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