05/06/2023 às 13h42min - Atualizada em 06/06/2023 às 10h04min

O quanto estamos intoxicados

Da alimentação e saúde digestiva ao que vestimos, passando pelo ambiente em que vivemos, o quanto estamos intoxicados e inflamados

SALA DA NOTÍCIA Amanda Silveira
Em Pauta
Assessoria Elisa Lobo
Vivemos o tempo inteiro expostos às intoxicações, seja através do que ingerimos, do que usamos ou até mesmo do ambiente em que vivemos.
De acordo com a Nutricionista Ortomolecular, Elisa Lobo, nosso corpo dá o tempo todo sinais de que está intoxicado. Alguns dos sinais citados por ela são: cansaço excessivo, metabolismo lento, inchaço, unhas e cabelos fracos, acne, falta de concentração e de memória até problemas cognitivos mais sérios, entre outros.
Metais pesados como o Chumbo e o Alumínio estão presentes no nosso dia a dia através do desodorante, perfume, maquiagem, cosméticos em geral e nos tecidos das nossas roupas. Até mesmo o uso de absorventes descartáveis, internos ou externos, expõe nossos úteros a substâncias químicas prejudiciais ao nosso corpo.
No que se refere à alimentação, a nutricionista alerta para os principais intoxicadores: açúcar, glúten, caseína e, principalmente, os industrializados de uma maneira geral, porque são os que mais carregam em si adoçantes e conservantes responsáveis pela sua durabilidade e sabor. Em oposição a isso, é na comida de verdade, segundo ela, que está a fonte de desintoxicação do organismo. “Chás antioxidantes e inflamatórios, verduras e frutas de maneira geral são os nossos maiores aliados nessa batalha”, afirma.
Outro aspecto para o qual a profissional chama a atenção é para a absorção dos nutrientes. “Um corpo intoxicado pode desenvolver também a disbiose, uma alteração da microbiota intestinal, que promove uma absorção de toxinas e muitas vezes a não absorção dos nutrientes necessários”, explica.
Ainda sobre absorção, Elisa Lobo comenta que o uso contínuo e prolongado dos famosos “prazois”, indicados para úlceras e esofagites de refluxo, entre outros problemas, pode prejudicar em muito tanto a quebra de moléculas de proteína, que vão gerar a inflamação no intestino, quanto trazer uma grande dificuldade de absorção da vitamina B12.
Até mesmo nossas emoções são capazes de nos intoxicar e podem nos trazer conseqüências físicas. Em 2009, Mana Malta, que é Estilista e Terapeuta Integrativa, deixou seu emprego em uma grande corporação porque sentia que o ambiente a estava adoecendo.
Foi uma mudança total, inclusive de cidade, mas que resgatou nela um projeto da faculdade, guardado na gaveta desde 2007: trabalhar com moda, utilizando tecidos orgânicos e processos corretos, justos, onde houvesse uma integração entre as pessoas, a produção e também o meio ambiente.
Mesmo com a escassez e custo alto da matéria prima no Brasil, a Orgânica, empresa de Mana, já vem espalhando sua ideia há 14 anos. Para isso, é preciso um grande trabalho de pesquisa, na busca de matérias-primas para produzir, mantendo, inclusive, um custo menor para o acesso. São prioridades: não utilizar poliéster e sim materiais orgânicos certificados e provenientes de agricultura familiar, além de optar pelos tecidos tingidos sem a participação de chumbo, por exemplo.
Se o mundo ao nosso redor é capaz de nos intoxicar, parece que é também ele que nos traz as alternativas contrárias para um corpo, uma mente e um meio ambiente mais limpo e saudável.

 
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