Terapia com animais é uma das atrações da ReatechMantendo a tradição que vem desde o início da feira, o GATI (Grupo de Abordagem Terapêutica Integrada) estará presente na Reatech - Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade, que acontece entre os dias 4 e 7 de outubro, no São Paulo Expo. A parceria permite a realização da ‘Fazendinha’ e de uma série de palestras que compõem o ‘Curso Pet’.
“Na Fazendinha, teremos a equoterapia e o espaço destinado a terapia com animais de pequeno porte. Fazemos a demonstração, uma pequena vivência, para que as pessoas compreendam melhor como funciona a Terapia Assistida por Animais (TAA). Neste ano, teremos uma novidade: a área para alimentação e escovação do cavalo, fazendo com que os visitantes se aproximem ainda mais do animal”, destaca Liana Pires Santos, psicopedagoga e diretora da Clínica GATI.
Apesar da longa parceria existente entre os seres humanos e os animais, que também pode ser vista na TAA, muitas pessoas ainda desconhecem que diversos tipos de pet atuam como coterapeutas, auxiliando pacientes na adaptação e na recuperação de quadros físicos e mentais.
“Sem dúvidas, muita gente conhece a equoterapia na feira. Realizamos mais de duas mil montarias ao longo dos quatro dias de evento e, pelo menos 30% delas, nunca tinham ouvido falar neste método. A Reatech é pioneira na técnica do cavalo indoor. Não temos nenhuma situação do cavalo demonstrado ao público em uma arena fechada no Brasil. O público é enorme e chama a atenção. Isso reforça que, se mais divulgado, a metodologia conseguiria chegar a um grupo ainda maior”, completa.
A equoterapia é um método terapêutico onde o animal oferece ganhos motores e psicológicos para PCD (pessoas com deficiência) ou que necessitam deste trabalho. “O movimento tridimensional feito do passo do cavalo no quadril do cavaleiro oferece um estímulo de postura, de controle motor. A Reatech nos dá espaço para demonstrar isso ao público”, complementa.
Na Fazendinha, são apresentados animais mais conhecidos do grande público, como cães, coelhos, aves, tartarugas e alguns que causam estranheza no primeiro momento, mas com ótimos resultados, segundo a especialista. A rã, que causa um estímulo diferenciado por ser molhada e gelada, e as baratas de Madagascar, que proporcionam uma sensação diferente ao andar na pele, graças às garras que possuem.
Garantia por lei
Responsável pela criação do termo equoterapia e grande difusora do método no país, a Associação Nacional de Equoterapia (ANDE-BRASIL), que possui mais de 30 anos de existência e sede em Brasília, conquistou um grande êxito em novembro de 2019.
Neste mês, foi aprovada a Lei Nº 13.830, que obriga as operadoras de planos de saúde a oferecer tratamentos terapêuticos de equoterapia a clientes com deficiência. No entanto, por causa da pandemia, a ANS (Agência Nacional de Saúde) ainda não realizou os critérios para que entre no rol de terapias reconhecidas.
“Além de solidificar o método, a legislação pensa no bem estar dos cavalos. Ela vem para capacitar e padronizar a capacidade de atendimento. Assim que estiver no rol da ANS, poderá ser atendida via SUS (Sistema Único de Saúde). Pela dimensão do Brasil, esse processo deve demorar ainda de três a cinco anos. No momento, existem 450 centros de equoterapia filiados à ANDE-BRASIL. Sem dúvidas, dará muita força para a equoterapia”, reforça a especialista.
Serviço:
Reatech 2023 - Feira Internacional de Tecnologias em Reabilitação, Inclusão e Acessibilidade
Data: 4 a 7 de outubro
Horário: das 13h às 20h nos dias 4, 5 e 6; das 10h às 19h no dia 7.
Local: São Paulo Expo
Endereço: Rodovia dos Imigrantes, 1,5 km - Vila Água Funda, São Paulo - SP
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Fotos da edição de 2022 acesse aqui
