31/05/2023 às 16h14min - Atualizada em 31/05/2023 às 20h36min

Documentários mostram geoparques como estratégia de conservação e disseminação da ciência

Produções abordam o contexto geológico e humanitário, expondo as contribuições em relação à educação e ao turismo de cada território

SALA DA NOTÍCIA Assessoria de imprensa
Febrageo
Com o intuito de popularizar a ciência e fortalecer o turismo regional, a Federação Brasileira de Geólogos (Febrageo), com o auxílio de parceiros, produziu uma série de documentários sobre um Projeto, um Aspirante e um Geoparque Mundial da UNESCO no Brasil. As histórias dos territórios e das vivências das pessoas que residem nas regiões dos Projeto Geoparque Corumbataí (SP), Geoparque Aspirante Chapada dos Guimarães (MT) e Seridó Geoparque Mundial da UNESCO (RN), foram divididas em seis episódios que serão transmitidos pela TV Cultura, no Programa Periscópio, às 19h dos dias 1°, 8, 15 e 22 de junho.
Conforme a UNESCO, os Geoparques Mundiais são áreas geográficas unificadas, onde sítios e paisagens de relevância geológica internacional são administrados com base em um conceito holístico de proteção, educação e desenvolvimento sustentável. Sua abordagem ascendente que combina a conservação com desenvolvimento sustentável e que, ao mesmo tempo, envolve as comunidades locais, está se tornando cada vez mais popular.
As filmagens não trazem apenas a essência dos geoparques, mas também abordam o impacto que eles causam na ciência, educação, turismo e cultura da sociedade, principalmente por fazerem parte do dia a dia das comunidades ali residentes, como explica Caiubi Kuhn, Presidente da Febrageo e Coordenador Científico do Geoparque Chapada dos Guimarães. “Existe a divulgação da história geológica desses locais, mas também é importante lembrar das oportunidades que os geoparques e o próprio documentário criam para o fortalecimento do turismo e da educação nos territórios abordados, uma vez que os programas educativos são essenciais para o desenvolvimento sustentável destes territórios”, diz.
Para Fábio Reis, diretor financeiro da Febrageo, “a realização de documentários possibilita a Febrageo, entidades de Geologia e parceiros atingirem a divulgação da Geodiversidade em um público enorme e para todo o país”. A divulgação de conteúdos sobre a história do planeta contribui para fortalecer a educação, a ciência, o turismo e a identidade regional de cada localidade.
Cada episódio apresenta momentos únicos da história geológica de um país geodiverso, como o Brasil. Oportunidade de aproximar a população de um conhecimento sobre a história geológica do planeta. Unir esse conhecimento irá ajudar na promoção de um desenvolvimento territorial sustentável”, diz Marcos Antônio Leite do Nascimento, Coordenador Científico do Geoparque Seridó. “São inúmeros ganhos, mas podemos citar como exemplo, a capacitação dos guias de turismo, que aprendem a interpretar a paisagem e ampliam possibilidades de acesso, o trabalho com os artesãos, que passam a criar produtos relacionados ao geoparque, atraindo mais ainda visitantes à região”, diz.
As produções audiovisuais mostram como a divulgação da ciência pode mudar o futuro das pessoas. Flávia Santos, professora Drª. da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e presidente da AgeoBR comenta que o processo é percebido na comunidade de Jangada do Roncador. “É possível observar crianças e adolescentes que são impactados. Hoje eles já observam o estudo como possibilidade de novos caminhos e oportunidades, pensamentos que não são tão comuns quando se está longe dos centros urbanos. Os documentários mostram que existe possibilidade de crescimento por meio da educação”, elucida.
Assim, é preciso que exista um trabalho feito em conjunto com a população e, na visão de Ricardo Giaroli, diretor de audiovisual da Periscópio Film e produtor dos documentários, os materiais cumprem este papel, por abrangerem vários municípios e trazerem benefícios socioculturais e turísticos. “É importante para popularizar a ciência e para mostrar a história do local onde essas pessoas vivem. Isso gera identificação e orgulho. É um sentimento de pertencimento”, comenta.
Além disso, é uma forma de documentar o trabalho que vem sendo feito, resultando na geração de conhecimento e desenvolvimento para a atual e futuras gerações. O Geólogo e membro da equipe coordenadora do Geoparque Corumbataí, André Kolya, comenta sobre o engajamento das comunidades. “Todos ficaram animados ao ver o documentário sendo exibido, pois sabiam que fizeram parte daquilo e porque é sobre o lugar onde vivem”. Acrescenta ainda que o projeto se estende para além da exibição, pois contribui de forma educacional. “Trabalhamos com eles nas escolas da região, ou seja, eles visitaram o Geoparque, assistiram os documentários e agora vão desenvolver atividades a partir deles”, diz.
Os documentários mostram as inúmeras possibilidades de interação que existem entre um geoparque e a população, tendo como base a educação. “Não podemos esquecer da educação, importante ferramenta para proporcionar o entendimento holístico sobre a natureza e seus recursos, apontando que o patrimônio deve ser conservado e usado para o fomento da sustentabilidade econômica, social e ambiental de um geoparque”, finaliza Marcos Nascimento.
 
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