Algumas doenças urológicas precisam de intervenção cirúrgica para que sejam completamente solucionadas.
A cirurgia costuma ser a última alternativa indicada por se tratar de um procedimento irreversível e um pouco mais invasivo, quando os medicamentos orais e as injeções penianas não são mais suficientes ou não atingiram a satisfação completa do paciente.
Por se tratar de um procedimento que exige mais cuidados, a medicina desenvolveu diferentes técnicas e estratégias para tornar o processo cirúrgico mais seguro e garantir os melhores resultados possíveis.
A Técnica Egydio é um desses exemplos de como a medicina pode contribuir para transformar a vida de pacientes masculinos.
Geralmente homens a partir dos 50 anos que precisam lidar com problemas de disfunção erétil relacionados a Doença de Peyronie, curvatura adquirida, entre outros diagnósticos correlatos.
Trata-se de uma estratégia de operação para corrigir anormalidades da curvatura peniana. Ou seja, para solucionar problemas do pênis curvo.
Conhecida também como Incisão Geométrica Egydio, a técnica corresponde a utilização de princípios geométricos para estimar um cálculo mais preciso da diferença entre os lados que estão desiguais, o que auxilia a determinar o quanto do membro precisará ser alongado.
A técnica Egydio é fruto da tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP), publicada em 2000 a respeito do tratamento cirúrgico para a Doença de Peyronie.
O Dr. Paulo Egydio é um médico brasileiro, PhD em Urologia e especiliazado em solucionar problemas penianos relacionados a disfunção erétil, com utilização de implante de prótese peniana.
Além de ajudar a definir a expansão do lado mais curto do pênis, a técnica também define a localização exata e como deverão ser as incisões na túnica albugínea - tecido que recobre os corpos cavernosos e está associado ao mecanismo de ereção.
Ao utilizar os princípios geométricos como referência para alongar o lado mais curto do pênis, as manobras permitem a reconstrução peniana até o limite dos nervos da uretra.
O método desenvolvido pelo Dr. Paulo proporcionou uma novidade entre as técnicas cirúrgicas elaboradas na literatura médica.
A técnica Egydio representa um avanço para a saúde e bem estar sexual dos homens.
Afinal, segundo dados da Cleveland Clinic, até 10% da população masculina entre 40 e 70 anos são afetados com deformidades penianas causadas pelo Peyronie ou por curvatura congênita.
A Técnica Egydio está registrada nos principais guias médicos internacionais, como o da American Urological Association (AUA), European Association of Urology (EUA) e Canadian Urological Association (CUA).
No Brasil, o Conselho Regional de Medicina de São Paulo reconhece a técnica como um aprimoramento para os procedimentos cirúrgicos de correção do Peyronie.
Essa estratégia é indicada em casos cirúrgicos em que o pênis sofre por tortuosidades, afinamento e/ou perda de rigidez vertical e do calibre do membro.
A Doença de Peyronie representa o amadurecimento de fibroses acumuladas ao longo da vida, fruto da repetição de movimentos de penetração em que o pênis fica numa posição incorreta e vai sofrendo microlesões.
O acúmulo dessas microlesões pode causar afinamento e alterações intensas no ângulo de curvatura do pênis, o que caracteriza a Doença de Peyronie.
Disfunção erétil é a situação em que, por alguma origem orgânica ou psicológica, o pênis perde a capacidade de ereção, ou seja, de sustentar a rigidez vertical. Isso pode acontecer por completo, ou de modo parcial, sem que o homem consiga manter os movimentos penetrativos por muito tempo.
Também conhecida como curvatura congênita, trata-se de uma doença que não se desenvolve durante a vida. O homem já nasce com essa condição de desigualdade entre a elasticidade dos lados do pênis.
A tortuosidade pode ser percebida no momento da ereção e, embora essa diferença por si só nem sempre irá interferir na vida sexual do indivíduo, esse diagnóstico torna o paciente mais suscetível a desenvolver microlesões e pode ser diagnosticado com Peyronie quando mais velho.