Milk Run: 3 vantagens da logística de entregas inteligente

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Reduzir custos e prazos de entregas é um dos maiores desafios do varejo. Somente no comércio eletrônico, foram mais de 350 milhões de entregas em 2021, segundo a Neotrust. Para otimizar essa logística, muitas empresas estão adotando o sistema Milk Run. É o caso da Uello, logtech especializada em logística urbana, que realiza mais de sete mil entregas por dia, para mais de 150 clientes, como MMartan, Petz, Polishop, Dengo e Mobly.

A essência do Milk Run é reduzir o número de veículos da frota em circulação e o número de viagens realizadas, a partir de rotas inteligentes que não se cruzam e não se repetem. Ou seja, um único entregador faz entregas em diferentes pontos, com um itinerário planejado para ser o mais eficiente possível, funcionando como uma rota única. E o mesmo veículo que faz as entregas também coleta itens de devolução ou troca.

“É um sistema inspirado na prática antiga dos produtores de leite. Em vez de cada fazenda deslocar alguém para levar o seu leite até as cooperativas, um só motorista fazia a coleta do produto em todas as fazendas. E ao levar o leite na casa dos consumidores, a mesma pessoa que entregava a garrafa cheia, coletava as garrafas vazias. Ou seja, a logística era otimizada ao máximo, para reduzir custos e tempo. Tudo isso foi aperfeiçoado, mas é a essência que é aplicada hoje e que traz economia e agilidade para o varejo e outros setores do mercado”, explica Fernando Sartori, founder e CEO da Uello.

O especialista traz três grandes vantagens do Milk Run:

• Redução de custos: as transportadoras retiram as mercadorias diretamente dos centros de distribuição dos varejistas e fazem as entregas em uma rota única, com um itinerário planejado para não repetir trajetos. Isso reduz o número de veículos necessários, o número de motoristas e o gasto com combustível. Além disso, uma rota pode atender diversos varejistas e o custo dessas entregas, que já está reduzido, ainda é compartilhado, trazendo mais economia.

• Agilidade de operação: as rotas são definidas antecipadamente e o itinerário é planejado para fazer um trajeto que garanta os menores prazos e uma operação mais eficiente. Tudo isso traz agilidade, o que é bom para o varejo e para o consumidor.

• Redução de poluentes: com menos carros e caminhões rodando, as transportadoras reduzem as taxas de emissão de poluentes e contribuem para uma logística mais sustentável. Atualmente o setor de logística e transporte é responsável por cerca de 14% das emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE), de acordo com levantamento do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC). Reduzir esse índice é um objetivo dos varejistas.