12/05/2023 às 08h58min - Atualizada em 13/05/2023 às 00h00min

Grandes marcas invadem o mercado de vizinhança e colocam pequenos comerciantes em alerta

Por Samuel Carvalho, diretor da vertical de Mercado de Proximidade e Conveniência da Linx

SALA DA NOTÍCIA Linx
Os últimos anos não têm sido fáceis para o comerciante de bairro. Ele, que por décadas foi a única opção de compra rápida na região, percebeu que a concorrência começou a ficar mais acirrada. Não é de hoje que começaram a surgir novas redes de mercados, açougues e conveniências em seu entorno. E, para piorar, o período mais restritivo da pandemia fez com que seus clientes antigos passassem a buscar também alternativas de compras online.

Sim, esse é o cenário atual. Com a mudança de comportamento do consumidor, que hoje está em busca de mais agilidade, conveniência e novas experiências, grandes empresas passaram a enxergar a “galinha dos ovos de ouro” que é o mercado de proximidade e têm investido cada vez mais nas lojas de vizinhança. Grandes varejistas, como Carrefour e Pão de Açúcar, foram os primeiros a perceber essa tendência e seguem abrindo novas bandeiras de Carrefour Express, Mini Extra e Minuto Pão de Açúcar a cada esquina.

Outro nicho que também já percebeu os ganhos do mercado de proximidade é a indústria. Gigantes como Ambev e JBS têm se reinventado para atender o consumidor de forma direta, com lojas próprias. A primeira lançou o Zé Delivery - opção de entrega de bebidas. Já a maior processadora de carnes do país viu a oportunidade de vendas B2C e passou apostar nos mercados de carnes Swift.
E, como se não bastasse, recentemente temos visto os minimercados da OXXO invadirem as vizinhanças. A rede, que nasceu de uma parceria entre a Shell Select e a OXXO, marca de conveniência e proximidade concebida pela Femsa Comércio, trouxe para o Brasil a maior rede de lojas de conveniência da América Latina.

Há ainda um ingrediente a mais nesta disputa pelo consumidor que busca a chamada ultraconveniência: os mercados de condomínio e dark stores – pontos de venda que existem exclusivamente para compras online. Para o segundo caso, a clientela segue em alta, já que, segundo dados da Linx, as transações de vendas online no setor de supermercados na última semana de 2022 tiveram um crescimento de 33% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Diante deste cenário, a dúvida que fica é: como o pequeno comerciante conseguirá sobreviver à invasão das grandes marcas ao comércio de proximidade? Eu diria que a  resposta é se reinventar. Não existe mais espaço para aquela vendinha escura, que só aceita duas formas de pagamento e que não oferece vantagens, como promoções ou cashback aos seus clientes.

É preciso se modernizar com sistemas de gestão que possibilitem a visão completa da loja, com um atendimento que ofereça uma experiência agradável ao cliente, o pagamento ágil e versátil, gestão de produção, pedidos, estoque e mesmo o delivery. Até porque o comerciante de bairro também pode ser o operador da loja de conveniência do condomínio ou da dark store no iFood, por exemplo.

Basta observar um pouco a dinâmica dos comércios de vizinhança para perceber que esse mercado está borbulhando. Toda a configuração de forças desse segmento está em transformação e a pandemia só jogou mais lenha nessa fogueira. O pequeno comerciante só precisa escolher o lado em que vai estar: no da modernização ou no lado que será engolido pelos grandes players e ficará apenas na lembrança dos moradores mais antigos da região.

Sobre a Linx
Empresa da plataforma de software Stone Co., a Linx é especialista em tecnologia para o varejo e líder no mercado de software de gestão, com 45,6% de market share do mercado varejista, conforme atesta o IDC. Toda a expertise da Linx é focada em um varejo de — e para — pessoas, conectando o indivíduo à facilidade, inteligência e experiência desejada do mundo online ao offline.
Para saber mais, acesse: www.linx.com.br/imprensa.
 
 
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