03/05/2023 às 09h34min - Atualizada em 03/05/2023 às 16h08min

Instituto da BrasilAgro capacita educadores do interior do Brasil para inclusão de alunos deficientes

Iniciativa do braço social da empresa BrasilAgro beneficia alunos de 18 escolas de São Raimundo das Mangabeiras, interior do Maranhão

SALA DA NOTÍCIA Redação
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Integrante do Pacto Global da ONU, o Instituto BrasilAgro, braço social da BrasilAgro, que produz alimentos, fibras e bioenergia e é especializada na compra e venda de fazendas, realiza, em São Raimundo das Mangabeiras (MA), um projeto de capacitação de gestores e professores para promover a inclusão de alunos com deficiência. A iniciativa faz parte de uma parceria com a organização ASID (Ação Social para Igualmente das Diferenças) com o apoio da Secretaria Municipal de Educação do município e contempla escolas da rede pública. 

O "Mais Educação: as diferenças que constroem" é realizado em 18 escolas, beneficiando 87% de escolas municipais.  

“Para iniciar o projeto, deslocamos uma equipe para visitar as escolas de São Raimundo das Mangabeiras, para conversar com os gestores e professores que são responsáveis pelo ensino no município, além de entender com os pais dos alunos quais são as principais dificuldades enfrentadas”, revela Ana Paula Zerbinati, diretora do Instituto BrasilAgro.  

Segundo o Instituto, este diagnóstico permitiu determinar a necessidade de investir na capacitação para melhor atender estudantes com algum tipo de deficiência. O projeto, iniciado no primeiro semestre de 2022, terá duração de 18 meses.   

Durante todo o período, os profissionais da educação receberão treinamentos de como combater o capacitismo (discriminação de pessoas com deficiência), acessibilidade, tipos de deficiência, entre outros. As aulas são ministradas pela ASID, organização voltada à construção de uma sociedade inclusiva por meio de projetos de responsabilidade social.   

Os gestores, coordenadores e professores participarão de encontros coletivos e individuais, visando o desenvolvimento de temáticas e ações de acordo com a necessidade das escolas e dos estudantes.  
Entre as professoras da região, está Rosenildes Alves Martins, que nasceu na cidade de Sambaíba, mas cresceu em São Raimundo das Mangabeiras, onde leciona há 12 anos.   

Antes do surgimento do projeto, a pedagoga havia descoberto que o caçula da família, Mateus Lucas, de 5 anos, era portador do Transtorno do Espectro Autismo (TEA). Com isso, Rosenildes passou a estudar sobre o assunto e ficou apreensiva.  

"Lendo todas aquelas informações por meio da internet e conhecendo as limitações do ensino nas escolas públicas, pensei que não seria possível trabalhar a inclusão, pois dependeria de muitas mudanças", conta.   

Com o projeto Mais Educação, Rosenildes ficou engajada, pois conhece afundo o impacto da inclusão e fica muito satisfeita por todo o trabalho envolvendo esta temática. 

"A chegada do projeto na cidade me ajudou a perceber que era possível realizar a alfabetização do meu filho autista e de tantos outros jovens e crianças do munícipio. Isso tem nos mostrado que a teoria, que eu já estudava sozinha, é possível de ser aplicada quando há engajamento e apoio”, conclui.   

Hoje, além da qualificação oferecida pelo projeto, Rosenildes também cursa pós-graduação com a temática do autismo e acredita que iniciativas como essa podem contribuir para uma mudança positiva na educação nacional.  

“Além de nos mostrar que é possível, o projeto despertou um olhar mais sensível e acolhedor em todos, que acaba ainda mais forte e transformador quando tem grandes empresas também apoiando, como é o caso da BrasilAgro”.  

Na safra 2021/22, o Instituto BrasilAgro recebeu R$ 3,5 milhões para aplicar em ações realizadas nas comunidades em que atua, cujo valor é uma parte do lucro líquido da companhia. Os recursos foram destinados principalmente para iniciativas educacionais. 
 
Desenvolvimento da comunidade 

Dados da Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), elaborada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), em 2019, e divulgada em 2021, revelam que 67,6% da população com deficiência não tinha instrução ou possuía apenas o ensino fundamental incompleto. Esse número era de 30,9% para as pessoas sem nenhuma deficiência, uma diferença de 36,7 pontos percentuais. 

"É um dever da escola estar preparada para receber alunos com deficiência e permitir a eles condições de desenvolvimento, que, lá na frente, vão assegurar autonomia e independência destes cidadãos, ao mesmo tempo que é um compromisso do Instituto contribuir para que a educação seja cada vez melhor", destaca a diretora do Instituto BrasilAgro. 

A equipe responsável pelo projeto "Mais Educação: as diferenças que constroem", avaliou diversos aspectos que podem impactar diretamente nas condições de ensino das instituições da comunidade, como infraestrutura, envolvimento da família no ambiente escolar e saúde.  

“Transformamos os dados que coletamos com essa pesquisa de campo em um diagnóstico que nos deu uma diretriz sobre o trabalho que teremos que realizar”, afirma Zerbinati 

Com o programa, cada uma das escolas terá objetivos diferentes, que foram definidos junto aos gestores de acordo com as necessidades mapeadas. As instituições de ensino que atingirem 80%, ou mais, da meta estabelecida, receberão um selo de excelência, que certificará o desenvolvimento do projeto.  
 
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