Faltando menos de um ano e meio para as eleições municipais de 2024, o instituto Badra volta às ruas de São Paulo com o objetivo de aferir a intenção de voto do eleitor paulistano. Será o primeiro pleito, com característica local, pós pandemia de Covid-19.
E ainda que os nomes para a corrida eleitoral não estejam sacramentados dentro dos próprios partidos ou federações, algumas figurinhas carimbadas já têm seus nomes ventilados nos bastidores da política, como é o caso de Guilherme Boulos, do PSOL, derrotado no segundo turno de 2020, por Bruno Covas, à época no PSDB.
Um dos principais líderes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto e, hoje, deputado federal, Boulos teria renunciado da disputa ao Governo do Estado de São Paulo, em 2022, em função de um compromisso firmado com o Partido dos Trabalhadores (PT) para que o apoiasse em 2024. Dentro do PT há quem garanta que o compromisso só será mantido caso o parlamentar se filie ao partido da estrela vermelha.
Fernando Haddad (PT), ex-prefeito e atual Ministro da Fazenda, Márcio França (PSB), ex-governador de São Paulo e agora Ministro dos Portos e Aeroportos, e Tabata Amaral (PSB), deputada federal, são outros nomes que compõem o rol de opções das legendas mais à esquerda.
Na lista de postulantes e com viés político mais à direita, Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Ricardo Salles, deputado federal e ex-ministro do Meio Ambiente, ambos filiados ao Partido Liberal (PL), surgem como os preferidos dos conservadores. Há quem garanta, no entanto, que o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), guarda na manga um nome de sua preferência e que só será anunciado no início do próximo ano.
Pelo centro, o atual prefeito da Capital, Ricardo Nunes (MDB), o ex-governador de São Paulo, Rodrigo Garcia (PSDB), e o deputado federal Kim Kataguiri, do União Brasil, são apontados como pré-candidatos à Prefeitura de São Paulo. O apresentador José Luiz Datena, filiado ao PDT, também tem seu nome ventilado para a disputa.
Datena, aliás, incansável em ensaiar candidaturas, foi flagrado no início do mês passado em uma conversa com Guilherme Boulos na qual sugeria ao deputado federal não só “peitar” o PT pela candidatura em São Paulo, mas também avisar ao presidente Lula que gostaria de ter Datena como seu vice.
A pesquisa – O levantamento da Badra, a ser realizado de forma presencial, em diferentes pontos de fluxo das cinco macrorregiões de São Paulo, acontece nos dias 4 e 5 de abril e vai ouvir 2.496 eleitores. A amostra será aplicada de modo proporcional ao eleitorado total, estimado em 11 milhões de eleitores, para gênero, faixa etária, renda, escolaridade e região de residência. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos, com intervalo de confiança de 95%. O caderno de resultado estará disponível no site da Badra (badracomunicacao.com.br) no sábado, dia 6, e os números finais da pesquisa serão divulgados nas redes sociais do instituto (@badracomunicacao).
A Badra Pesquisas está registrada no Conselho Regional de Estatística da 3ª Região, sob o número J3238. De acordo com o último Índice Pindograma, que mede a eficiência dos institutos de pesquisa, pelo nível de acerto de seus levantamentos, e organiza um ranking nacional, a Badra alcançou a nota B+, a mesma de institutos tradicionais como o DataFolha e o Atlas Intel.
