02/05/2023 às 09h48min - Atualizada em 02/05/2023 às 16h08min

Operadoras de planos de saúde enfrentam desafios econômicos e terão reajustes diferenciados, indica ANS

Reajuste de planos de saúde deverá ser calculado de acordo com situação de cada operadora, afirma presidente da ANS, Paulo Rebello

SALA DA NOTÍCIA S4 COMUNICAÇÃO
Agência Brasil
Tânia Rego/Agência Brasil

O diretor-presidente da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), Paulo Rebello, afirmou que o percentual de reajuste dos planos de saúde individuais e familiares para o próximo ano deverá levar em conta a situação financeira de cada operadora. Segundo Rebello, a ANS considera que o ano de 2022 se encerrou com um resultado financeiro de "zero a zero", ou seja, sem prejuízo e sem lucro expressivo para o setor.

Os dados foram divulgados pela ANS por meio do Painel Contábil da Saúde Suplementar, que reúne informações financeiras enviadas pelas operadoras de planos de saúde. De acordo com o relatório, o lucro líquido do setor em 2022 foi de R$ 2,5 milhões, valor muito inferior aos R$ 3,8 bilhões de 2021 e aos R$ 18,7 bilhões registrados em 2020.

Rebello explicou que houve diferenças de desempenho entre as operadoras, com as maiores perdas sendo registradas pelas grandes empresas do setor. A realidade econômica de cada operadora será levada em conta na hora de definir o percentual máximo de reajuste, que é fixado pela ANS.

No ano passado, o teto de reajuste autorizado pela ANS foi de 15,5%, o maior já aprovado pela agência desde a sua criação em 2000. A ANS ressalta que o resultado financeiro de 2022 representa apenas 0,001% da receita efetiva de operações de saúde, que foi de R$ 237,6 bilhões.

O único segmento do setor que registrou resultado positivo foi o de administradoras de benefícios, com lucro de R$ 555,57 milhões. As operadoras médico-hospitalares tiveram prejuízo de R$ 505,7 milhões, enquanto as operadoras exclusivamente odontológicas tiveram um desempenho negativo inédito, com prejuízo de R$ 47,3 milhões.

Rebello ressalta que o setor possui recursos para passar por esse período de dificuldade, mas a mensagem é de cautela. "Houve aumento dos insumos, crescimento na frequência de utilização dos planos. Mas já há sinais de melhora", disse. A ANS reforça que os dados econômicos financeiros do setor em 2022 estão disponíveis no Painel Contábil da Saúde Suplementar e que as informações foram enviadas pelas próprias operadoras de planos de saúde.


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