Quando se fala em ganhar mercado ou manter-se relevante no cenário atual, a palavra que vem à cabeça dos empreendedores é a mesma: inovação. Tendências tecnológicas como Metaverso, Web 3 e Inteligência Artificial vêm em seguida. Mas o que poucos pensam, e que talvez seja o maior entrave para iniciar o processo de inovação, é por onde começar. Segundo Luís Felipe Carvalho, CEO da AEVO, empresa brasileira de tecnologia para a gestão da inovação que atende 160 médias e grandes empresas do país, o segredo é começar pelas pessoas.
“Para ampliar sua capacidade de inovar, as empresas devem sempre buscar a participação irrestrita dos colaboradores nas iniciativas de inovação. É importante que elas saibam usar a força das equipes, quebrando as barreiras que impedem os colaboradores de inovarem”, explica Luís Felipe. E ele não é o único que defende essa tese. No livro “Organização Guiada por Ideias”, escrito por Alan Robinson e Dean Schroeder, consta que 80% do potencial de melhoria de uma organização está nas ideias dos profissionais da linha de frente.
Ao final de 2022, a AEVO, em parceria com a Inventta, consultoria pioneira em inovação na América Latina, lançou o estudo “Mapa da Inovação Corporativa”, com respostas de 309 líderes de médias e grandes empresas brasileiras. De acordo com o levantamento, que revela o cenário atual da inovação no Brasil, 44% das empresas ainda não possuem processos para reconhecer colaboradores engajados com a inovação. E apenas 7% têm processos para geração, seleção e implementação de ideias totalmente estruturados e em pleno funcionamento.
Para Luís, a inclusão de todos os colaboradores é essencial. “O contato direto com o cliente permite que eles entendam as necessidades dele e reúnam informações valiosas para as organizações, apontando caminhos para os quais a empresa deve olhar e no qual a inovação se faz mais necessária, gerando um impacto ainda maior no consumidor”, reforça o especialista. Para que a comunicação não se perca e seja possível estruturar os processos de inovação, de forma que todos os colaboradores sintam-se ouvidos e se tornem protagonistas, outra dica do empreendedor é estruturar e criar programas e processos de inovação.
“Facilitar o acesso de todos os colaboradores aos responsáveis por avaliar, selecionar e implementar as ideias é útil não só para a companhia, que terá os processos mapeados, estruturados e em fluxo contínuo, como também para os colaboradores, que se percebem efetivamente responsáveis pelo sucesso da companhia. Além de facilitar o reconhecimento dos colaboradores mais engajados e, dessa forma, criar uma inovação contínua, pelo estímulo geral a inovação”, finaliza Luis Felipe.
