17/04/2023 às 11h38min - Atualizada em 17/04/2023 às 16h00min

Fuja de gestores que prometem planos de carreira. Entenda porque

SALA DA NOTÍCIA Juliana Chagas
Divulgação
“Sim, aqui nós oferecemos planos de carreira para os colaboradores”

Quem nunca ouviu essa frase em entrevistas de emprego, que atire a primeira pedra. Esse sempre foi um dos itens tratados como diferenciais para milhares de empresas em todo o mundo por muitos anos. Porém, com as incontáveis transformações que o mundo tem passado, manter esse discurso não apenas é arcaico, como totalmente improdutivo. Nosso mundo é volátil, dinâmico e as pessoas desejam ser protagonistas dessas mudanças.

Com a chegada das novas gerações ao mercado de trabalho, é imperativo que os gestores entendam as mudanças e as apliquem para atrair e reter os principais talentos. Os jovens não mais desejam passar 10 ou 20 anos na mesma companhia, no mesmo cargo, fazendo a mesma função - como era algo visto como positivo nas gerações anteriores. Eles desejam se sentir desafiados a resolver problemas do mundo real, ou seja, aquilo que chamamos de “problemas cabeludos”.

Eles procuram por empresas e cargos cada vez mais flexíveis e onde possam desenvolver diferentes soft skills, ou seja, capacidades que vão além dos conhecimentos técnicos que são passados nas faculdades. Além disso, mesmo que a companhia ofereça esse chamado “plano de carreira”, é preciso que ele não seja imposto. Portanto, é necessário manter um canal aberto e diálogos customizados com cada colaborador, para juntos traçarem planos que realmente façam sentido para cada um.

É necessário entender, de uma vez por todas, que insistir em métodos antigos (que tiveram sua contribuição à época em que foram criados), não gerará um real valor para nenhum dos agentes envolvidos, como empresa, colaborador, líderes e até mesmo a sociedade como um todo. Vale destacar que os novos profissionais precisam ter em mente que a oportunidade da carreira está alinhada com seus propósitos de vida.

Por fim, o que gera uma paixão genuína entre colaborador e empresa não é, necessariamente, um plano de crescimento para daqui 5 anos. O gancho de sucesso está, na verdade, na possibilidade de desenvolvimento por meio da resolução de problemas reais, ou seja, que tenham um impacto em sua vida e no entorno que se vive.

*Flávio Guimarães é CEO e fundador da Escalada Corporativa, uma comunidade de executivos renomados que desejam construir um novo mundo corporativo: mais gentil, humano e mais voltado à geração de valor, promovendo transformação e legado.


 
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