11/04/2023 às 11h53min - Atualizada em 12/04/2023 às 00h00min

Pesquisas da FEI se destacam em evento de Radiação Espacial

Workshop de resultados do projeto Citar reuniu entidades parceiras, professores e estudantes envolvidos nas pesquisas sobre a indústria espacial

SALA DA NOTÍCIA Gabriel Bacci
Estudos sobre o desenvolvimento de componentes resistentes à radiação cósmica ionizante, aplicados em equipamentos enviados ao espaço, entraram em pauta no Workshop de Apresentação de Resultados do Projeto CITAR (Circuitos Integrados Tolerantes à Radiação).  No encontro, estiveram presentes representantes das instituições parceiras do projeto, que têm cumprido um papel importante para a ampliação da indústria espacial.

Historicamente, o projeto CITAR, do qual a FEI faz parte, foi criado em 2012, e tem como propósito consolidar, no Brasil, a competência para a realização do ciclo completo de desenvolvimento de Circuitos Integrados de Aplicação Específica (ASICs) tolerantes à radiação ionizante, para uso nos satélites científicos brasileiros.

Convidado a compor a mesa de abertura do evento, o Reitor da FEI, Prof. Dr. Gustavo Donato, destacou a importância das pesquisas realizadas e o protagonismo da FEI na rede de pesquisa estabelecida. “A participação da FEI neste projeto muito nos alegra, pois gera um ativo, uma força motriz de pesquisa e desenvolvimento de tecnologias estratégicas para o Brasil. Na FEI, foram dezenas de alunos preparados em iniciação cientifica, mestrados, doutorados - inclusive reconhecidos por meio de 5 prêmios, sendo 4 internacionais. As pesquisas também geraram expressiva produção científica -mais de 30 artigos em periódicos, além de mais de 100 contribuições técnicas entre artigos em conferências e apresentações. Esse projeto agrega um elevado valor científico para toda a nossa comunidade”, afirmou.

No Workshop, também estiveram presentes os representantes das demais entidades que compõem o projeto CITAR, incluindo: o Reitor do Instituto Mauá de Tecnologia, Prof. Dr. José Carlos de Souza Junior; o Diretor do IFUSP, Prof. Manfredo Harri Tabacnicks; o Secretário interino da SETAD do MCTI, Eng. Henrique de Oliveira Miguel; o Diretor do CTI, Dr. Jorge Vicente Lopes da Silva; do Diretor do INPE, Dr. Clézio Marcos de Nardin; o Vice-Diretor do IEAv; Eng. Nilton de Oliveira Lessa; o Gerente do DPAP/FINEP, Rodrigo Girdwood Acioli; e o Secretário Executivo da Facti; Dr. Alexandre Candido de Paulo.

Sobre o Projeto CITAR

Em sua composição, o projeto CITAR faz parte de uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia, Inovações e Comunicação (MCTIC), em parceria com Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE) com a FEI, o Centro de Tecnologia da Informação Renato Archer (CTI/MCTI), o Instituto de Física da Universidade de São Paulo (IFUSP), o Instituto de Estudos Avançados do Departamento de Ciência e Tecnologia Aeroespacial (IEAv-DCTA), a Agência Espacial Brasileira (AEB/MCTI) e o Instituto Mauá de Tecnologia, com recursos da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep/MCTI).

Na missão de promover uma sociedade mais desenvolvida, sustentável, humana e justa, por meio do Ensino, Pesquisa e Extensão, desde 2012 as pesquisas no tema de efeitos de radiação ionizante em dispositivos eletrônicos seguem com a colaboração da FEI, em projetos que antecederam o CITAR para transformar o Brasil em um País com um domínio tecnológico em áreas estratégicas, como a aeroespacial e de defesa. Segundo a professora Marcilei Guazzelli, docente do Departamento de Física da FEI e Coordenadora do Laboratório de Efeitos da Radiação Ionizante, nos últimos anos, a instituição se empenhou na área com layouts de dispositivos mais tolerantes a radiação, engajando uma comunidade que já estava interessada neste mesmo objetivo.

Dentro do projeto CITAR, o primeiro resultado importante obtido com o apoio da FEI foi a criação de uma metodologia de teste para qualificar dispositivos, fazendo com que o projeto já tenha conhecimento e consiga detectar características e danos.

A docente FEIana destacou, ainda, que vê como desafio a constante mudança da inovação e tecnologia, já que todos os processos e efeitos de danos da radiação precisam ser feitos de acordo com as atualizações do mercado. “Quando muda uma tecnologia, você precisa ter conhecimento dos fenômenos físicos responsáveis por esses efeitos, porque a nova tecnologia depende do entendimento do dispositivo para ter uma nova metodologia de teste”, ressaltou. O projeto CITAR será finalizado oficialmente neste semestre, mas a professora também não descarta a possibilidade de dar continuidades às pesquisas, incentivando a comunidade científica a obter mais resultados colaborativos para o futuro tecnológico do País.
 
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