10/04/2023 às 17h53min - Atualizada em 11/04/2023 às 00h00min

Compliance Fiscal é demanda obrigatória, mas como colocá-lo em prática?

Tornar a conformidade um elemento comum em operações fiscais é uma medida de caráter obrigatório, mas traz grandes desafios

SALA DA NOTÍCIA Karen Semeone, Systax
No centro de demandas alinhadas com os tempos atuais, construir um ambiente de conformidade desponta como uma movimentação primária para empresas brasileiras. Mais do que nunca, o momento é de reformular processos e adequá-los a exigências impostas por um mercado consciente sobre quais critérios podem embasar o grau de confiabilidade por trás dos negócios. Sem meios-termos, todos os caminhos levam à introdução de ações voltadas para a sustentação de uma governança transparente, segura e com uma margem reduzida para falhas críticas. 
 
Levando a análise para o setor fiscal, as estimativas são ainda mais urgentes, dado o contexto de uma legislação fiscal extremamente complexa e mutável. Além de apresentar uma quantidade elevada de regulamentações e normas, sujeitas, inclusive, a alterações frequentes, o sistema tributário do Brasil costuma ocasionar uma carga pesada de tributos. Outro aspecto que merece menção é a influência das esferas federais, estaduais e municipais.  
 
Para empresas com pouca ou até mesmo nenhuma expertise no tema, surgem obstáculos a serem equalizados, a fim de dissipar incertezas e concretizar projetos efetivos para o ordenamento das atividades fiscais. De certo, a tecnologia é uma alternativa capaz de viabilizar um novo patamar de Compliance Fiscal.  
 
Tecnologia coloca gestão em simetria fiscal 
O uso de ferramentas manuais, em anos passados, talvez fosse a única opção factível para que contribuinte organizasse sua rotina tributária. Com o avanço tecnológico, esse cenário mudou. E para a melhor.  
 
Buscar por um espaço amadurecido em termos de Compliance Fiscal pode, sim, esbarrar na morosidade e na baixa eficiência de operações que ainda dependem da intervenção humana. Isso não é nenhum demérito para profissionais da área, pelo contrário, trata-se de um reconhecimento de que todos os colaboradores envolvidos no departamento tributário têm totais condições de atuar estrategicamente, delegando tarefas repetitivas para a máquina. 
 
Também sabemos que superar um formato consolidado não é fácil. De acordo com um estudo realizado pela Dell Technologies, 75% das empresas admitem uma preocupação com a falta de habilidades necessárias para progredir com a transformação digital dos processos. O que muitos deixam passar, entretanto, é o fato de ninguém precisar conduzir uma etapa tão crucial sem o suporte de parceiros especializados.  
 
Uma solução fiscal de excelência comprovada, respaldada pelo conhecimento de especialistas em tributação, não só simplifica o cotidiano operacional, gerando confiança e validando informações armazenadas internamente, como serve de parâmetro para que as melhores decisões sejam tomadas, no que diz respeito ao gestor e suas equipes. Permite-se, então, o acompanhamento de mudanças legais que surgirem, em sinergia com todas as regras tributárias. Com a iniciativa, as portas serão abertas para que o aprimoramento não se limite à estrutura processual, de modo a estender suas contribuições para a cultura de trabalho adotada.  
 
Por fim, respondendo à pergunta que intitula o artigo, é preciso pensar na conformidade como um conceito de desenvolvimento contínuo. A tecnologia, se utilizada com a devida abrangência, possibilita a materialização do Compliance Fiscal em benefícios reais, sempre com princípios inegociáveis ditando a relação do contribuinte com órgãos fiscalizadores.  
 
Por Karen Semeone, Gerente Tributária da Systax, Advogada e especialista em impostos.
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