30/03/2023 às 10h44min - Atualizada em 31/03/2023 às 00h06min

À medida que a população mundial envelhece, Randstad aponta que 35% dos brasileiros sentem que precisam adiar a aposentadoria

De acordo com o estudo Workmonitor, o crescente custo de vida é o principal fator para esse adiamento, apontado por 57% dos brasileiros. Apesar disso, 34,5% dos entrevistados gostariam de se aposentar antes dos 60 anos

SALA DA NOTÍCIA Denise Fortes
www.randstad.com

As pessoas estão vivendo cada vez mais, em grande parte graças às melhorias na qualidade de vida e à evolução da tecnologia e medicina. De acordo com a ONU, a expectativa de vida global atualmente é de, em média, 72,8 anos, muito mais que em décadas passadas. Com isso, a população economicamente ativa aumenta e, consequentemente, a tendência afeta questões como aposentadoria. Segundo edição recente do estudo anual da Randstad, Workmonitor, cerca de 57% dos brasileiros afirmam que sua atual situação financeira os impede de se aposentar no prazo que gostariam, grande parte por conta do aumento do custo de vida pós-pandemia. Idealmente, 34,5% deles gostaria de se aposentar antes dos 60 anos. A porcentagem se repete no âmbito global, com 33% dos participantes apresentando o mesmo desejo.

O levantamento, que contou com a participação de 35 mil trabalhadores de 34 países, tem o objetivo de entender os anseios e desafios das pessoas no último ano e está em linha com muito do que se tem discutido, à exemplo do evento SXSW, que ocorreu neste mês nos Estados Unidos, onde temas como envelhecimento da população global e a permanência dos idosos por mais tempo no mercado de trabalho foram temas de destaque. Durante as palestras da conferência, muito se falou também sobre a necessidade de reafirmar os benefícios associados à longevidade para toda a sociedade, empresas, governos e instituições, já que a tendência é que a população envelheça cada vez mais em todo o mundo.

Há ainda quem decida adiar sua aposentadoria por opção: ainda segundo o relatório do Workmonitor, cerca de 35% dos brasileiros entrevistados - 32% globalmente - sentem que precisam do trabalho em suas vidas para se manterem ativos. Um dos pontos debatidos tem sido que a felicidade na idade madura está totalmente ligada às conexões com outras pessoas, tanto afetivas como profissionais. Nessa questão, o trabalho tem um forte papel de comunidade na vida dos idosos que ainda trabalham, pois trazem o senso de pertencimento, além de ajudar a manter o entusiasmo pela vida e o interesse por assuntos diversos. 

“Mesmo que a crise econômica e o aumento no custo de vida global tenham forte impacto na necessidade e/ou decisão de adiamento da aposentadoria, é fato que a população idosa está cada vez mais longeva e grande parte deseja continuar por mais tempo ativa no mercado de trabalho. A conexão de profissionais de diferentes gerações tem se mostrado muito produtiva para diversas empresas ao redor do mundo, contribuindo para a troca de habilidades, outro ponto importante debatido nas conferências da SXSW e que temos acompanhado junto aos nossos clientes que apostam na experiência de vida”, conclui Fabio Battaglia, CEO da Randstad no Brasil.

Esses dados, entre outros, que apontam como se sentem e agem milhares de trabalhadores em todo o mundo, podem ser acessados na íntegra pelo estudo Randstad Workmonitor. Temas como expectativas da força de trabalho, pertencimento e propósito, impacto do cenário econômico se destacam na edição anual.


 
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