As pessoas estão vivendo cada vez mais, em grande parte graças às melhorias na qualidade de vida e à evolução da tecnologia e medicina. De acordo com a ONU, a expectativa de vida global atualmente é de, em média, 72,8 anos, muito mais que em décadas passadas. Com isso, a população economicamente ativa aumenta e, consequentemente, a tendência afeta questões como aposentadoria. Segundo edição recente do estudo anual da Randstad, Workmonitor, cerca de 57% dos brasileiros afirmam que sua atual situação financeira os impede de se aposentar no prazo que gostariam, grande parte por conta do aumento do custo de vida pós-pandemia. Idealmente, 34,5% deles gostaria de se aposentar antes dos 60 anos. A porcentagem se repete no âmbito global, com 33% dos participantes apresentando o mesmo desejo.
O levantamento, que contou com a participação de 35 mil trabalhadores de 34 países, tem o objetivo de entender os anseios e desafios das pessoas no último ano e está em linha com muito do que se tem discutido, à exemplo do evento SXSW, que ocorreu neste mês nos Estados Unidos, onde temas como envelhecimento da população global e a permanência dos idosos por mais tempo no mercado de trabalho foram temas de destaque. Durante as palestras da conferência, muito se falou também sobre a necessidade de reafirmar os benefícios associados à longevidade para toda a sociedade, empresas, governos e instituições, já que a tendência é que a população envelheça cada vez mais em todo o mundo.
Há ainda quem decida adiar sua aposentadoria por opção: ainda segundo o relatório do Workmonitor, cerca de 35% dos brasileiros entrevistados - 32% globalmente - sentem que precisam do trabalho em suas vidas para se manterem ativos. Um dos pontos debatidos tem sido que a felicidade na idade madura está totalmente ligada às conexões com outras pessoas, tanto afetivas como profissionais. Nessa questão, o trabalho tem um forte papel de comunidade na vida dos idosos que ainda trabalham, pois trazem o senso de pertencimento, além de ajudar a manter o entusiasmo pela vida e o interesse por assuntos diversos.
“Mesmo que a crise econômica e o aumento no custo de vida global tenham forte impacto na necessidade e/ou decisão de adiamento da aposentadoria, é fato que a população idosa está cada vez mais longeva e grande parte deseja continuar por mais tempo ativa no mercado de trabalho. A conexão de profissionais de diferentes gerações tem se mostrado muito produtiva para diversas empresas ao redor do mundo, contribuindo para a troca de habilidades, outro ponto importante debatido nas conferências da SXSW e que temos acompanhado junto aos nossos clientes que apostam na experiência de vida”, conclui Fabio Battaglia, CEO da Randstad no Brasil.
Esses dados, entre outros, que apontam como se sentem e agem milhares de trabalhadores em todo o mundo, podem ser acessados na íntegra pelo estudo Randstad Workmonitor. Temas como expectativas da força de trabalho, pertencimento e propósito, impacto do cenário econômico se destacam na edição anual.