29/03/2023 às 12h02min - Atualizada em 30/03/2023 às 00h06min

Milhões de mulheres não tem R$ 8,65 para comprar absorventes para um ciclo menstrual, segundo Estudo Scanntech

Enquanto a UNICEF apresenta que mais de 4 milhões de meninas não têm acesso aos itens mínimos de cuidados menstruais, a Scanntech indica que os absorventes poderiam custar apenas R$ 8,65 por ciclo

SALA DA NOTÍCIA Gabriel Vieira de Godois

Recentemente o presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou o decreto que prevê a distribuição gratuita de absorventes pelo Sistema Único de Saúde (SUS), como parte de um pacote de medidas voltadas às mulheres. De acordo com o Ministério da Saúde, o investimento será de R$ 418 milhões por ano. 

Pobreza menstrual, é o termo dado à falta de acesso a produtos para manter uma boa higiene no período da menstruação e está relacionada à pobreza, bem como a falta de infraestrutura e especialmente o saneamento. O estudo “Pobreza menstrual no Brasil: Desigualdade e violações de direitos” da UNFPA em parceria com a UNICEF demonstraram que mais de 4 milhões de meninas não têm acesso a itens mínimos de cuidados menstruais.  

Segundo o relatório da Scanntech, o acesso à absorventes é uma das questões que devem ser tratadas para trazer dignidade às meninas durante os dias da menstruação.  

“O gasto para garantir seis trocas de absorventes por cinco dias para uma mulher durante seu ciclo, varia entre R$ 8,65 e R$ 18,64. É muito triste saber que mesmo sendo valores baixos, muitas mulheres não têm acesso a este insumo”, explica Priscila Ariani, diretora de Marketing da Scanntech. 



Outro fator curioso sobre o consumo de absorventes no Brasil, é que ao mesmo tempo em que temos mulheres sem qualquer acesso à absorventes, a maior parte do consumo de absorventes no Brasil se concentra em produtos de preços médio e alto, que juntos representam quase 90% das vendas. 

 


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