21/03/2023 às 11h16min - Atualizada em 21/03/2023 às 12h12min

Investimento de empresas em Venture Capital cresce no Brasil

Dados da pesquisa da ABVCAP mostram que 82,9% das companhias entrevistadas já possuem iniciativas em Corporate Venture Capital

SALA DA NOTÍCIA Redação
PinePR (pinepr.com)
Divulgação / Wayra

Nova edição da pesquisa da Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital (ABVCAP) aponta aumento do interesse por parte das empresas em investir em Corporate Venture Capital (CVC). Entre as 41 companhias que participaram do estudo, quase 83% têm iniciativas deste porte. Em 2022, 13 empresas listadas na bolsa de valores lançaram suas iniciativas para financiar empresas em estágios iniciais, ante 8 em 2021. No total, foram R$ 3,04 bilhões em capital comprometido nesses programas no ano passado. O levantamento também contou com o apoio da EloGroup, Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da Fundação Dom Cabral (FDC), Wayra Brasil, Vivo Ventures, Global Corporate Venturing (GCV) e ApexBrasil (Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos).

“O crescimento no mercado de CVCs não foi abalado mesmo num ano em que o mercado de Venture Capital passou por ajustes, com diminuição de ritmo de investimentos, aumento de ciclo de avaliação de startups e readequação dos valores investidos”, disse Marcio Barea, gerente de estudos e pesquisas da ABVCAP.

O estudo contou com a participação de 41 empresas. Dessas, 82,9% possuem iniciativas de CVC. Em 58,5%, o programa é realizado por unidades de CVC com estrutura societária própria (fundos, SPEs ou offshores) e em 19,5%, direto do balanço da companhia. Já entre as companhias que ainda não possuem CVC (17,1%), 71,4% têm o objetivo de implementar um programa por meio da contratação de consultorias especializadas e 57,1% pretendem utilizar talentos da própria empresa.

Entre as empresas que responderam a pesquisa, 80% possuem receita líquida acima de R$ 1 bilhão; 22% são da indústria, 17,1%, do setor de energia, 12,2%, do segmento de saúde e outras 12,2%, de serviços Empresas de tecnologia da informação são 9,8% da amostra.

“A pesquisa mostra um amadurecimento do ecossistema de startups e capital de risco com uma busca das empresas investidoras por profissionalização das iniciativas de CVC. Essa tendência segue as melhores práticas globais de viabilizar os objetivos de inovação e novos negócios das companhias com retorno financeiro”, afirma Sandro Valeri, da EloGroup, coordenador do Comitê de CVC da ABVCAP e um dos responsáveis técnicos da pesquisa.

Para Gabriela Toribio, Managing Director da Wayra Brasil e Vivo Ventures e coordenadora do Comitê de CVC da ABVCAP,  "a pesquisa reflete o momento atual do ecossistema, que tem percebido cada vez mais a importância dos CVCs, não apenas como fonte de investimentos financeiros, mas para o acesso ao smartmoney e a potenciais parceiros de negócios. As grandes empresas se beneficiam com novas tecnologias e ainda ajudam as startups em seus movimentos de escalada".

Um dos pontos de atenção do estudo, refere-se à necessidade de observar o processo estruturado das grandes empresas para inovação e as práticas CVC. “Além dos objetivos estratégicos para a inovação, a estruturação de um processo de apoio, seleção, investimento e absorção de conhecimento entre as empresas e startups é fundamental. Não existe paciência elevada com investimentos e perder recursos no atual momento não estaria na pauta. Isto é, equilibrar agendas de curto prazo e expectativas de longo prazo está no foco”, pontua Hugo Tadeu, Diretor do Núcleo de Inovação e Empreendedorismo da FDC.


Sobre a ABVCAP:
A ABVCAP - Associação Brasileira de Private Equity e Venture Capital é uma organização sem fins lucrativos que representa mais de 215 instituições nacionais e internacionais ativas nos mercados de Private Equity e Venture Capital.  O quadro de associados conta com 130 gestores de fundos, 13 investidores institucionais e 65 prestadores de serviço, incluindo grandes firmas de advocacia, auditoria, administração e consultorias do mercado brasileiro e internacional. 

Sobre a EloGroup:
Fundada em 2007, a EloGroup é uma consultoria de negócios, que combina competências de tecnologia, analytics e gestão para tornar negócios estrategicamente digitais e destravar o potencial de transformação de pessoas e organizações. A empresa entrega soluções para desafios de negócios de múltiplas indústrias, por meio de práticas integradas, que vão da estratégia à implementação, ajudando a construir, de forma colaborativa e próxima, o futuro das organizações no novo paradigma de negócios.

Sobre a Wayra:
Wayra, hub de inovação aberta da Vivo no Brasil e da Telefónica no mundo, investe, escala e conecta startups com corporações e outros parceiros. O objetivo é gerar oportunidades de negócios e inovação em conjunto. Criada em 2011, a Wayra opera em nove países (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Alemanha, México, Peru, Espanha e Reino Unido) e já investiu mais de 65 milhões de euros em startups. Atualmente, 545 startups fazem parte do portfólio de inovação aberta global da Telefónica. Presente no Brasil desde 2012, a Wayra Brasil já investiu em 83 startups e, atualmente, conta com 26 empresas em seu portfólio, sendo que 50% delas possuem contratos ativos com a Vivo. As áreas prioritárias são educação, saúde, finanças, internet das coisas (IoT), inteligência artificial (IA), 5G, big data, Advanced Anaytics, Computação em Nuvem (Cloud Computing), cibersegurança, greentechs, entre outras.

Sobre o Vivo Ventures:
Lançado em 2022, o Vivo Ventures tem R$ 320 milhões para investir em startups em fase de crescimento “growth”, com soluções nas áreas de Saúde e Bem-estar, Educação, Casa Inteligente, Marketplace, Serviços financeiros, Energia e Entretenimento, que são chave para o posicionamento da Vivo como hub digital. O Vivo Ventures complementa a plataforma de investimento em startups da empresa e, em conjunto com a Wayra, hub de inovação aberta e braço de investimento early stage, apoia e impulsiona o ecossistema empreendedor. Presente no Brasil desde 2012, a Wayra investe até R$ 2 milhões em startups preferencialmente em rodadas iniciais “pré-seed e seed” e que tenham negócios alinhados à estratégia da Vivo. Já o Vivo Ventures investe em startups “growth”, com tickets médios de aproximadamente R$ 25 milhões.

Sobre a Fundação Dom Cabral:
É uma escola de negócios brasileira que há 46 anos tem a missão de contribuir para o desenvolvimento sustentável da sociedade por meio da educação, capacitação e desenvolvimento de executivos, empresários e gestores públicos. A FDC está entre as melhores escolas de negócios do mundo, na 9ª posição dentre as escolas de educação executiva participantes do ranking do Financial Times 2022.

Em 2022 passaram pela FDC mais de 46 mil profissionais entre executivos, empresários e gestores públicos. No campo social, a FDC conta com iniciativas de desenvolvimento, capacitação e consolidação de projetos, líderes e organizações sociais, contribuindo para o fortalecimento e o alcance dos resultados pretendidos por essas entidades. Dessa forma, em 2020 a escola executiva lançou o FDC – CSCDS (Centro Social Cardeal Dom Serafim), concebido para apoiar jovens em situação de vulnerabilidade social, empreendedores populares, organizações sociais e seus gestores, por meio do desenvolvimento e capacitação. Em 2021, lançou o portal Seja Relevante, hub de informação com a curadoria da FDC e conteúdos proprietários, que traz notícias e informações relevantes para quem quer saber o que há de mais importante na área de carreira, gestão, negócios e impacto social.


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