BELO HORIZONTE, março 2023 - O residencial Alma Maraú, construído pela F2 na praia de Cassange na Bahia, vai representar o Brasil na premiação internacional da fabricante de materiais de construção francesa Saint Gobain. A premiação da Saint Gobain terá 27 países representados, com 73 projetos no total, em 6 categorias (inovação, placas, residencial, não residencial, forros e revestimento). O Alma Maraú representa o Brasil na categoria de inovação. O resultado será divulgado no dia 28 de abril em Atenas, na Grécia, evento que reunirá todos os participantes.
O reconhecimento no Brasil foi concedido pela excelência da obra através da utilização de soluções inovadoras para preservar o meio ambiente, reduzir o impacto local e maximizar os efeitos positivos na comunidade da grande Ilhéus. Como o Alma está situado em um terreno com cerca de 40 mil m², o objetivo da F2 foi minimizar riscos à fauna e à floral local desde o início. Por isso, todas as unidades modulares foram construídas e montadas em Mirassol, interior de São Paulo, em parceria com a CMC Módulos.
Com isso, as casas chegaram ao local já montadas e prontas para instalação, após um trajeto de quase 2 mil km e 4 dias em cima de carretas. “Isso reduz os efeitos no meio ambiente porque é menos restos de construção, é menos água utilizada e mais interação positiva com o local”, afirmou o CEO da F2, François Rahme. “O resultado só foi possível porque as casas chegam até com as louças e metais instalados. Montamos tudo como se fossem peças de um lego”, acrescentou.
Entre as medidas adotadas para manter a vegetação nativa e a preservação da flora e da fauna local, destaque para o manejo das plantas nativas, que foram retiradas do ambiente durante a construção, mantidas em um viveiro e, na etapa de plantio, foram levadas novamente para o local e replantadas, mantendo assim 100% das espécies nativas e preservadas do local.. Também foi desenvolvido todo um estudo para resguardar o local para a desova das tartarugas marinhas que procuram o local em determinadas épocas do ano.
O sistema de esgoto implementado é biodigestor, um modelo autossustentável sem a utilização de produtos químicos. Ou seja, 100% do esgoto gerado é tratado pelo próprio condomínio. O residencial conta também com o projeto lixo zero, onde todo o lixo gerado tem a destinação correta e regulamentada, incluindo sistema de compostagem para o que é orgânico.
“Temos trabalho de compostagem de toda a parte orgânica, que está sendo reutilizada nas nossas hortas e na de parceiros locais, assim como a separação de materiais para reciclagem. Tudo é embalado, pesado e destinado para projetos e grupos que desenvolvem trabalhos com esses resíduos”, explicou Rahme.
Desenvolvido em parceria com a Pentagna Incorporadora, o projeto também envolveu o desenvolvimento da comunidade local, com treinamentos e contratação de mão de obra para atuar não só na construção, mas também após a entrega, tendo prioridade na ocupação das vagas para funcionamento do empreendimento.
Além dos efeitos de preservação da natureza, o Alma foi pensado de forma a impactar positivamente a comunidade. Parte do faturamento anual das locações dos imóveis vai ser destinado a escolas infantis e outros projetos sociais. Parte da receita, por exemplo, da tarifa de condomínio será revertida para custear professores para uma instituição de ensino local
“O Alma Maraú traz a inovação como DNA. Tivemos que pensar do zero todas as etapas desse processo. Não existia algo parecido antes. Agora temos e ele pode ser replicado em qualquer lugar do mundo, com menos custo e menos danos à natureza”, afirmou Rahme. “A premiação no Brasil e a honra de representar o nosso País na disputa mundial mostram que aqui temos propostas e soluções de ponta em construção civil”, disse o CEO da F2.
