13/03/2023 às 15h55min - Atualizada em 13/03/2023 às 20h08min

Mês das Mulheres: startup aposta na economia do cuidado para transformar a vida de empreendedoras

Plataforma da femtech Olhi, fundada em 2021, permite que mulheres gerem renda extra a partir de aulas online

SALA DA NOTÍCIA Imprensa

O Dia Internacional das Mulheres é uma oportunidade para celebrar conquistas e refletir sobre os desafios que elas ainda enfrentam na busca por igualdade de gênero. Na Olhi - startup brasileira que ajuda pequenas empreendedoras a obterem a autossuficiência financeira a partir de videoaulas online -, uma das soluções para resolver esse problema tem nome e sobrenome: economia do cuidado. 

De acordo com a Organização Internacional do Trabalho (OIT), a economia do cuidado é constituída por atividades relacionadas ao atendimento das necessidades físicas, psicológicas e emocionais dos seres humanos. Engloba desde profissões como a enfermagem e o magistério até tarefas não remuneradas, como os afazeres domésticos e a alimentação dos bebês.

“Historicamente, por questões culturais, o cuidado é relegado às mulheres, por haver um entendimento ainda dominante de ser algo feminino, até menos nobre ou importante. Na verdade, são funções que sustentam a vida humana e, por isso, devem ser valorizadas”, defende Stefanie Schmitt, CEO e fundadora da Olhi.

Desde que foi fundada, em 2021, a Olhi já impactou a vida de mais de duas mil mulheres, que puderam compartilhar  conhecimentos acumulados por meio de especializações e ao longo de uma vida dedicada ao próprio cuidado e ao de terceiros. São donas de casa, pintoras, nutricionistas, psicólogas, professoras, vendedoras e várias outras profissionais que têm, por meio da plataforma, a oportunidade adicional de serem remuneradas por aquilo que sabem fazer.

“São sessões de 15 minutos, que custam R$ 22, porque é o tempo que identificamos ser o ideal para as pessoas tirarem dúvidas sobre como arrumar um canto da casa, como cuidar de uma planta, fazer uma maquiagem completa, entender os efeitos de determinada terapia, saber se um alimento é saudável. São conhecimentos práticos, que respondem a dúvida da pessoa, vindo de fontes confiáveis, que dificilmente são encontrados na internet”, observa Stefanie, que complementa: “Com a vantagem de quem aprende também estar contribuindo para mudar a vida de quem ensina”. 

Estimativas da OIT apontam que as mulheres realizam três vezes mais atividades de cuidado não remuneradas do que os homens. Isso inclui cuidar das crianças, idosos e pessoas com deficiência, além de tarefas domésticas como limpeza e preparo das refeições. Esse fato, segundo especialistas, tem gerado impactos significativos na economia global, limitando a participação feminina na força de trabalho e, consequentemente, contribuindo para a desigualdade de gênero.

"Precisamos olhar para o invisível, reconhecer e valorizar as atividades do cuidado realizadas pelas mulheres", diz a fundadora da Olhi. “Mudar essa distribuição do trabalho para um formato mais igualitário em termos de carga, remuneração e reconhecimento".


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