06/03/2023 às 11h19min - Atualizada em 06/03/2023 às 12h04min

Pacientes pós-bariátricos apresentam maior risco de desenvolver osteoporose

Acompanhamento com exame de densitometria óssea é fundamental para evitar agravamento do problema

SALA DA NOTÍCIA PAULA BATISTA
Pixabay
Após a cirurgia bariátrica existe uma deficiência na absorção de inúmeros minerais e vitaminas e, por isso, maior risco de desenvolver a osteoporose, dentre outros problemas. Estes pacientes devem fazer acompanhamento regular com endocrinologista e nutricionista, realizando suplementação de vitaminas orientada por esses profissionais, além de atividade física (preferencialmente musculação). Mesmo com todos estes cuidados, ainda assim podem ser acometidos por uma doença chamada osteoporose (enfraquecimento dos ossos que leva a fraturas.) Como a osteoporose é indolor, muitas vezes o diagnóstico só é feito no momento de uma fratura.
            O cirurgião bariátrico do Pilar Hospital, Dr. Giorgio Baretta, explica que para diagnosticar a osteoporose precocemente, tratando e prevenindo fraturas, os pacientes pós-bariátrica devem ser submetidos anualmente a um exame chamado DMO (densitometria mineral óssea). “A densitometria óssea é um método moderno e indolor. Utiliza uma dose mínima de radiação (menor que as radiografias tradicionais), dura cerca de 15 minutos e serve também para verificar a composição corporal do paciente, como, por exemplo, percentual de massa magra, gordura e densidade mineral óssea. O exame é simples, seguro, e considerado o exame-padrão para a prevenção de doenças osteometabólicas”, explica.
O Brasil é o segundo país com o maior número de cirurgias bariátricas, ficando atrás apenas dos Estados Unidos. Esta cirurgia melhora muito a qualidade de vida dos pacientes e pode levar até a remissão de doenças como diabetes e hipertensão arterial. No entanto, a cirurgia não é o fim do tratamento.
De acordo com a revista acadêmica British Medical Journal, pacientes submetidos a cirurgia bariátrica, para tratamento da obesidade, têm 30% mais chances de desenvolverem osteoporose. A diminuição da absorção de nutrientes, como cálcio e fósforo, resultado do procedimento, prejudica o metabolismo ósseo, tornando os tecidos mais frágeis. Uma projeção feita pela World Obesity Federation, organização internacional voltada para redução, prevenção e tratamento da obesidade, mostrou que, em 2030, cerca de 30% da população brasileira adulta será obesa. O quadro preocupa os especialistas em metabolismo ósseo, uma vez que a osteoporose já atinge cerca de 10 milhões de brasileiros, segundo a ABRASSO (Associação Brasileira de Avaliação Óssea e Osteometabolismo).
“No pós-operatório do paciente bariátrico há aumento da atividade de remodelação óssea, o que provoca um balanço negativo entre a formação e a reabsorção do osso, causando perda de massa deste tecido, o que pode, em longo prazo, levar à osteoporose. No caso de pacientes com osteoporose diagnosticada antes da cirurgia, esse fator deve ser considerando na análise de benefícios e riscos do procedimento. Caso a opção cirúrgica seja mantida, o tratamento farmacológico deve ser considerado”, salienta o cirurgião.
            O exame está disponível na CEDIP – Medicina Diagnóstica, uma das instituições mais tradicionais da capital paranaense, que atua de forma integrada com o Pilar Hospital em Curitiba.
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