divulgaçãoUm muro é apenas um muro? Nem sempre. Há aqueles pichados por artistas, outros com desenhos engraçados e ainda alguns com mensagens para quem quiser ler. Por mais criativas que sejam, entretanto, essas paredes nem sempre são inclusivas. Ou seja: pessoas com dificuldade de visão, locomoção, por exemplo, não conseguem apreciar essa arte. Foi pensando nisso que a OSCIP Mais Diferenças criou o Muro Tátil Inclusivo.
Em janeiro deste ano, durante uma semana, uma parede inteira da parte exterior do CEU Água Azul, na Cidade Tiradentes, zona leste de São Paulo, foi tomada por artistas, crianças e educadores para transformá-la em um lugar onde todas as crianças consigam entender o que está ali e também possam interagir de maneira igualitária.
Esta foi uma ação complementar ao Projeto Brincar, uma iniciativa de fortalecimento da Educação Inclusiva da Fundação Grupo Volkswagen, concebida e executada pela Mais Diferenças em parceria com a Secretaria Municipal de Educação de São Paulo. “Essa iniciativa busca contribuir com o fortalecimento das diretrizes da Educação Infantil, do Currículo da Cidade e do Projeto Político Pedagógico da Unidade Educacional, em diálogo com as premissas do Projeto Brincar: o Desenho Universal, as diferentes linguagens artísticas, o direito e as potencialidades de toda e qualquer criança”, diz Vitor Hugo Silva Neia, Superintendente da Fundação Grupo Volkswagen.
“Além disso, a ação visa promover a articulação das causas prioritárias da Fundação Grupo Volkswagen: Mobilidade Social e Inclusão e Mobilidade Urbana e Comunidades Sustentáveis”, completa Sandra Viviani, Coordenadora de Projetos de Mobilidade Social e Inclusão da FGVW. “Iniciamos esse projeto em São Paulo, que tem muita diversidade – é o Brasil representado em suas muitas faces. A ideia é experimentar aqui para expandir para outros locais”, afirma Sandra.
A concepção do projeto é de Adriana Chung, artista visual, produtora cultural e diretora artística em colaboração com o artista Vando Figueiredo. O Muro Tátil Inclusivo beneficia pessoas com deficiência visual, que poderão conhecer e interagir com a estrutura da unidade. O projeto conta com múltiplas características interativas, como objetos táteis com texturas, sons e um QR Code, que dá acesso a audiodescrição e libras.
