06/02/2023 às 10h53min - Atualizada em 06/02/2023 às 16h06min

o papel do híbrido como catalisador das novas lideranças femininas

por fatima koning, diretora comercial do iwg

SALA DA NOTÍCIA Gabriel Pereira
Para as mulheres no local de trabalho, está claro que a era pós-pandemia oferece boas e más notícias. Depois de sofrer perdas de emprego desproporcionalmente altas no auge da Covid-19, dados do Centro Nacional de Direito da Mulher dos EUA mostram que o emprego feminino está em ascensão – e o Escritório de Estatísticas Nacionais do Reino Unido aponta dados semelhantes. No entanto, de acordo com o recente relatório Women in the Workplace da Lean In e McKinsey, estamos no meio do que seus escritores chamam de "o grande rompimento" – um fenômeno que está fazendo com que as líderes femininas deixem seus empregos na taxa mais alta já testemunhada.

Para as elas, a mudança de um papel para outro pode representar um grande passo – mas para empresas ambiciosas focadas no crescimento, conter esse êxodo de talentos femininos pode ser um passo ainda maior, quando a maioria não pode se dar ao luxo de perdê-las. Em 2021, uma campanha da BrandedU e WOMEN Inc. destacou essa questão nos Países Baixos: uma nação onde há mais CEOs chamados Peter do que CEOs mulheres. O estudo da Lean In e McKinsey aponta para o mesmo problema. Descobriu-se que apenas um em cada quatro líderes de nível C é uma mulher, enquanto apenas um em cada 20 é uma mulher negra.

Ao analisar profundamente, o desafio é ainda maior. Para cada 100 homens que são promovidos, 87 mulheres também são reconhecidas. Para cada mulher que é promovida a nível de diretoria, duas optam em deixar a empresa. Isso é importante não apenas por princípio, mas porque a diversidade nos negócios impulsiona o sucesso, promove a produtividade e ajuda a estabelecer uma cultura empresarial saudável. As empresas precisam considerar o equilíbrio entre os fatores de "empurrão" e "estagnação" que afetam a disposição das mulheres de permanecer em seus papéis.

A chave entre os fatores de “empurrão” é uma política de trabalho híbrido clara e eficaz. De acordo com Nicholas Bloom, professor de economia de Stanford e especialista de renome mundial em trabalho híbrido, as empresas que oferecem esse tipo de flexibilidade podem esperar ver as taxas de desistência caírem em até 35%. O trabalho híbrido é especialmente importante para as mulheres, que ainda tendem a assumir mais responsabilidades domésticas do que homens.

Para mães, isso faz uma diferença vital: elas podem criar seus filhos, cuidar bem de si mesmas e progredir em suas carreiras – prioridades que seriam muito mais difíceis de gerenciar com sucesso se estivessem se deslocando todos os dias para suas sedes. Ao reduzir a necessidade de locomoção, as empresas devolvem um tempo valioso para seus funcionários. Com as taxas de exaustão e esgotamento mais altas entre as mulheres, isso é particularmente importante para as funcionárias – e claro, para as empresas que precisam mantê-las.

Na pós-pandemia, poucos querem voltar ao mundo corporativo de sempre, mas parece que as mulheres estão especialmente relutantes. O mapeamento deixa claro que as mulheres jovens são altamente ambiciosas, mas não estão preparadas para sacrificar o seu bem-estar para progredir no trabalho. Um estudo recente do IWG traz um quadro semelhante, com 72% dos respondentes dizendo que renunciariam a um aumento salarial de 10% em favor da manutenção do trabalho híbrido.

Quando se trata de fatores de "empurrão", a cultura da empresa pode ser uma grande influência nas decisões das mulheres em abandonar os papéis de liderança. De acordo com o relatório da Lean In e McKinsey, muitas mulheres experimentam microagressões que minam sua autoridade. O relatório nota que os colegas são mais propensos a questionar o julgamento ou a adequação de uma líder feminina para seu papel. Em outras palavras, a presença de mulheres em uma organização – mesmo em níveis seniores – não significa que a empresa tenha alcançado equilíbrio. Para reter o talento feminino, as empresas precisam considerar a lacuna existente entre a aparência de uma cultura igualitária, para a sensação de uma. É necessário desafiar regularmente as normas culturais e o condicionamento social.

A adoção do trabalho híbrido é um passo positivo nesta direção. No entanto, não é a cura para tudo: as empresas precisam criar suas políticas híbridas com cuidado, oferecer treinamento adequado para líderes híbridos e monitorar continuamente o quão bem o modelo está funcionando. O trabalho híbrido pode nivelar o campo de jogo, se os funcionários do sexo masculino e feminino forem incentivados a aceitar a ofertas igualmente.

Embora o levantamento mostre que as mulheres estejam deixando os cargos de liderança sênior, não necessariamente elas estejam deixando o mercado de trabalho completamente. Em vez disso, o estudo destaca outro perigo real de profissionais que acabam por fazer suas escolhas em momentos de insatisfação: a saída desses talentos da empresa para a contratação em empresas concorrentes.

Em 2022, companhias simplesmente não podem se dar ao luxo de ficar sem uma liderança diversificada e inclusiva. A desigualdade de oportunidades reduz a produtividade, sufoca a criatividade e prejudica a inovação. Neste momento, as mulheres estão mais ambiciosas do que nunca – mas seu impulso se estende à rejeição de culturas de trabalho que não as servem.

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