26/01/2023 às 14h10min - Atualizada em 27/01/2023 às 04h06min

Randstad Workmonitor aponta estabilidade e flexibilidade como principais anseios dos profissionais

No Brasil, 95% dos entrevistados pelo estudo veem importância do trabalho em suas vidas e 88% acreditam que seus empregos lhes proporcionam estabilidade. Apesar disso, equilíbrio com a vida pessoal continua sendo relevante: flexibilidade em relação ao horário e local de trabalho aparecem com níveis de importância de 91,5% e 87%, respectivamente.

SALA DA NOTÍCIA Denise Fortes
www.randstad.com
São Paulo, 26 de janeiro de 2023 - Diante das incertezas econômicas, estabilidade e a busca por melhores oportunidades no mercado de trabalho que se conectem com seus estilos de vida têm sido atributos mandatórios para a maioria dos trabalhadores em todo o mundo. A flexibilidade continua no radar como um dos principais anseios, o que traz diversos desafios às empresas que precisam se adequar para reter talentos. No Brasil, essas e outras tendências se destacam em relação a outros 34 países pesquisados pela Randstad, que lança sua mais nova edição do estudo Workmonitor - agora em seu vigésimo ano, realizado com 35 mil profissionais com o objetivo de entender como age e pensa a força trabalhadora após três anos do início da pandemia.

É quase unanimidade (95%) para os brasileiros que o trabalho é importante em suas vidas, índice muito superior ao global (72%). Nesse contexto, com a incerteza econômica, 96% disseram ser importante ter estabilidade no emprego (92% global). Para 88% dos talentos nacionais, seus empregos já proporcionam estabilidade, sendo 86% globalmente.

Por outro lado, os profissionais brasileiros ouvidos não estão dispostos a abrir mão de algumas das expectativas com as quais se acostumaram durante a pandemia e declararam a importância da flexibilidade em relação ao horário (92%) e local de trabalho (87%), dados superiores aos 83% e 71% apresentados pela média global, respectivamente. 

Na pesquisa, cerca de dois terços no Brasil (64%) e no mundo (61%) afirmaram que não aceitariam um emprego se acreditassem que sofrem impacto no equilíbrio entre vida profissional e pessoal. E mais de 50% afirmaram que deixariam um emprego se fossem impedidos de aproveitar a vida - 53% (48% global).

“Embora haja melhora em alguns índices econômicos, como a queda de desemprego, ainda vivemos uma crise global. No Brasil, temos visto diversos layoffs, principalmente em startups e empresas de tecnologia. Globalmente, também temos acompanhado casos de demissões em massa em empresas já consolidadas. Diante desta recessão, os profissionais querem estabilidade em seus empregos. Em contrapartida, vimos que a pandemia deixou um legado na demanda dos profissionais que ficaram mais seletivos e que não abrem mão da flexibilidade e de suas vida pessoal”, diz Fabio Battaglia, CEO da Randstad Brasil.

Demissões voluntárias
De acordo com o CAGED - Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, durante o ano de 2022, um terço dos desligamentos foi de maneira voluntária por parte da força trabalhadora. Segundo dados recentes do Workmonitor, mais de um terço dos brasileiros entrevistados já pediram demissão por diferentes motivos como: a saída de um emprego porque não oferecia flexibilidade suficiente 31% (27% global), ambiente de trabalho tóxico 35% (34% global), o emprego não se encaixava à vida pessoal - 40% (33% global), além de citarem a adesão ao movimento de demissão silenciosa (quiet quitting) - 25% (31% global).

“São diversos motivos que podem levar um talento a pedir demissão. Antigamente, era comum vermos desligamentos concentrados na busca por melhores salários e benefícios. Nos últimos anos, temos visto diferentes movimentos que têm levado os profissionais a procurarem outras oportunidades. Neste contexto, um terço (33%) dos entrevistados da pesquisa disse que preferiria estar desempregado a infeliz no trabalho e 42% também afirmaram que deixariam o emprego se o empregador não considerasse um pedido de melhores condições”, explica Fabio.

Cenário atual
Nos últimos seis meses, quase 40% informaram que a flexibilidade em relação ao horário de trabalho aumentou (27% global). No mesmo período, mais de um terço (37%) afirmou estar mais flexível em relação ao local de trabalho (27% global).

“A busca por equilíbrio e qualidade de vida é uma tendência liderada pelos profissionais mais disputados pelas empresas, como das áreas de ESG, Finanças, RH, Tecnologia e Supply Chain. Assim, temos visto um movimento das empresas nos últimos meses em busca de flexibilização de suas políticas, seja com horário, local, adaptação e transformação no uso do escritório para encontros presenciais e não como local de trabalho. Evidentemente, 2022 serviu como um laboratório para a volta das atividades e adaptações estão sendo feitas. E, embora algumas empresas tenham retornado ao modelo 100% presencial, a tendência segue pela permanência dos formatos flexíveis, pois impactam diretamente na atração e retenção desses talentos”, complementa Fabio.

Esses e outros dados que apontam como se sentem e agem milhares de trabalhadores em todo o mundo podem ser acessados na íntegra pelo estudo Randstad Workmonitor. Temas como expectativas da força de trabalho, pertencimento e propósito, aposentadoria, impacto do cenário econômico, se destacam na vigésima edição anual lançada nesta semana, que você pode acessar aqui.

Sobre o Workmonitor 2023
Lançada em 2003, a pesquisa Workmonitor da Randstad abrange 34 mercados em todo o mundo, entre Europa, Ásia-Pacífico e Américas. O estudo é realizado de forma online entre pessoas de 18 a 67 anos, empregadas por pelo menos 24 horas por semana (mínimo 90%), comerciantes autônomos ou desempregados que pensam em procurar emprego no futuro. O tamanho mínimo da amostra é de 500 entrevistas por mercado. O painel Dynata é utilizado para fins de amostragem.

Esta pesquisa foi realizada entre 18 e 30 de outubro de 2022 na Argentina, Austrália, Áustria, Bélgica, Brasil, Canadá, Chile, China, República Tcheca, Dinamarca, França, Alemanha, Grécia, Região Administrativa Especial de Hong Kong, Hungria, Índia, Itália, Japão, Luxemburgo, Malásia, México, Holanda, Nova Zelândia, Noruega, Polônia, Portugal, Romênia, Singapura, Espanha, Suécia, Suíça, Turquia, Reino Unido e Estados Unidos da América.

Sobre a Randstad
A Randstad é a líder global em soluções e consultoria em recursos humanos, com foco em recrutamento e seleção. A companhia combina o poder da tecnologia de última geração com o toque humano para oferecer as melhores soluções para empresas e candidatos. Presente em mais de 38 países e empregando mais de 670 mil pessoas por dia, chegou no Brasil em 2011 e, hoje, tem presença nacional, atendendo todas as regiões do país.
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