22/05/2023 às 16h13min - Atualizada em 22/05/2023 às 16h09min

PIB brasileiro deixa de receber 2 pontos devido à qualidade da educação, aponta pesquisa

Lucas Widmar Pelisari

Lucas Widmar Pelisari

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Segundo um estudo realizado por pesquisadores da Escola de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV), o Brasil perde anualmente 2 pontos percentuais no Produto Interno Bruto (PIB) devido ao fato de não atingir pelo menos a média dos estudantes de países desenvolvidos em avaliações internacionais. Neste estudo ficamclaras as evidências que relacionam o aumento da qualidade da educação e o crescimento do país. O Brasil figura entre os últimos colocados nos rankings de avaliações, durante a última década (2011-2020), marcada por recessão e pandemia, o país registrou um desempenho econômico médio de apenas 0,26% ao ano, representando o pior resultado de toda a história.
 
A perda dos 2 pontos devido à educação trás a tona a preocupação em relação à educação pública e privada. São milhares de cursos com certificado e sem certificado oferecidos no Brasil, contudo, a profundidade do ensino, a qualificação dos professores, a infraestrutura e, principalmente, a dedicação dos estudantes deve ser repensada pelos governos e instituições privadas.
 
A fim de gerar um crescimento correspondente a cerca de 1 ponto percentual no PIB brasileiro seria necessário que os estudantes brasileiros conseguissem aumentar sua pontuação em cerca de 50 pontos, o que corresponderia à metade do caminho para atingir a média dos países desenvolvidos, de acordo com Portela.
 
Pesquisa realizada pela Escola Conectadas apresentou cinco tendências na educação brasileira para 2023, incluindo recomposição da aprendizagem, avaliação da aprendizagem, educação socioemocional, educação antirracista e maior inclusão tecnológica.
 

Recomposição do aprendizado

 
Uma pesquisa realizada pela empresa de impacto social Alicerce Educação revelou que mais de 90% dos alunos brasileiros, de todas as idades, apresentaram defasagem no aprendizado de leitura, escrita e matemática devido à pandemia, portanto, é fundamental buscar formas de compensar essas perdas. Uma das abordagens consiste no acompanhamento individualizado do aprendizado e no planejamento pedagógico adaptado ao ritmo de cada aluno. Esse processo prioriza o desenvolvimento das habilidades matemáticas e a alfabetização, que foram prejudicadas durante o período da pandemia. Cursos direcionados para professores dos anos iniciais do ensino fundamental concentram-se nessa recomposição do aprendizado.
 

Avaliação do aprendizado

 
A avaliação do aprendizado não deve se basear apenas na aplicação de um ou poucos modelos de prova. É necessário adotar parâmetros que realmente avaliem se os alunos estão aprendendo e se estão motivados a progredir em um caminho de capacitação contínua ao longo de suas vidas, conhecido como "lifelong learning" ou educação continuada. Dessa forma, o plano pedagógico deve incorporar uma variedade de recursos e métodos de avaliação para mensurar a eficácia do aprendizado. Um aspecto crucial dessa avaliação é considerar todo o percurso educacional do aluno, levando em conta seus conhecimentos prévios e as formas de avaliação que mais lhe convêm. Além disso, é essencial que o estudante tenha participação ativa no processo de ensino.
 

Educação socioemocional

 
Além de transmitir conhecimentos técnicos, as instituições de ensino devem se preocupar em formar cidadãos de maneira abrangente.
 

Educação antirracista

 
A diversidade e a inclusão são conceitos que devem ser firmemente estabelecidos. Nesse contexto, as escolas devem se empenhar em desenvolver estratégias de conscientização sobre questões como o racismo, a fim de combater esse e outros tipos de preconceito.
 

Robótica e tecnologia

 
A tecnologia desempenha um papel fundamental em todos os setores de atividade atualmente. A digitalização da economia intensificou-se durante a pandemia e demanda ainda mais conhecimentos em áreas como robótica e programação. Portanto, é essencial desenvolver o pensamento computacional nos alunos, pois isso se torna uma necessidade para a formação dos profissionais do futuro. A educação em tecnologia, assim, torna-se um fator importante para aumentar a empregabilidade dos estudantes no presente.
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